sábado, 20 de junho de 2009

Imagine

RECUERDOS... CARISSIMOS RECUERDOS!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

GENESIS - BACK IN N.Y.C. (THE LAMB LIES DOWN ON BROADWAY)

UMA «PÉROLA» QUE ENCONTREI NO.... YouTube...MUITO DE ACORDO COM OS MOMENTOS QUE VIVEMOS... EMBORA TENHA «MUITOS ANOS»........ A LETRA É BRILHANTE

quarta-feira, 10 de junho de 2009

10 de JUNHO - DIA DE PORTUGAL E DOS POETAS

10 de Junho .... em vez de Camões .... Ary dos Santos

<img style="cursor: -moz-zoom-out;" alt="http://www.cavalgar.com/nuke/modules/coppermine/albums/userpics/10148/normal_111%20%20%20cavalos%20selvagens.JPG" src="http://www.cavalgar.com/nuke/modules/coppermine/albums/userpics/10148/normal_111%20%20%20cavalos%20selvagens.JPG" />
<b>Cavalo à solta</b>

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos

domingo, 7 de junho de 2009

No dia de votar....


http://luradoslivros.files.wordpress.com/2008/01/poema-herberto-helder.jpg
Fiquem-se com algumas palavras de Herberto Helder...

(...) Eram rápidas, fortes, espaçosas
as noites do poder. O alimento vinha
com o apuro do mel. O dom
desenvolvia em mim esses mesmos rostos
abertos a meio, com a lua
e o sol dentro e fora.
Lanho a lanho
cerrara-se a carne em seu tecido
redondo.
(...) Alimentava-me
dos rostos atirados pela rede dos nervos
negros e as veias
até à raiz cravado
da voz
--- o terrifico
aparelho da fome. Toda a obra
Dói.
A memória maneja a sua luz, os dedos,
a matéria
(...) os espelos fechados
de repente vivos como oceanos sob
os antebraços, as mãos
(...)
excertos de «O Corpo O Luxo A Obra»
HERBERTO HELDER