Fritjof Capra nasceu em Viena de Áustria em 1939. Estudou na Universidade da sua cidade natal com Werner Heisenberg - o pai do Principio da Incerteza da Mecânica Quântica. Doutorado em 1966 (Ph.D.), foi professor e investigador nas Universidades de Orsay, em Paris (66-68), California, USA (68-70), Stanford Linear Accelerator Centre e no Imperial College, em Londres. Publicou inúmeros estudos e fez palestras sobre as implicações filosóficas das ciências modernas. Os seus trabalhos mais notáveis foram: The Tao of Physics (está traduzido em português), The Turning Point (1982) e o seu mais recente livro The Web of Life (1997).
Do ponto de vista de Capra, a ciência moderna nasceu com o desenvolvimento do pensamento filosófico que levou à divisão entre o espirito e matéria, e entre a mente e o corpo. Esta divisão pode ser traçada e seguida a partir da Idade da Razão e do Iluminismo, particularmente com os trabalhos de Galileo Galilei, Rene Descartes e Isaac Newton. A revolução científica moderna começou com Galileo Galilei, quando ele restringiu o papel da ciência a todos os fenómenos que pudessem ser mensuráveis. A conceptualização de um mundo racional e mensurável continuou com Descartes, com a criação do pensamento analítico, onde os comportamentos dos fenómenos complexos foram estudados analisando as propriedades das suas partes. Finalmente, o mundo foi reduzido a uma máquina perfeita, governada por fórmulas matemáticas, quando Newton descobriu as leis da gravidade. A visão mecanicista do mundo que se seguiu proporcionou avanços tecnológicos tremendos no nosso sistema económico e social; no entanto, as consequências sociais de tais avanços contribuiram para uma divisão cada vez maior entre os ricos e os pobres, e criou um ambiente no qual a vida se tornou fisica e mentalmente insalubre: ar poluído, ruído enervante, congestão de tráfego, contaminação química, risco de radiação, e muitas outras fontes de desiquilibrio fisico e mental. Com a rejeição do 'mundo máquina', Capra voltou à noção de universo vivo, orgânico e espiritual. Ele afirma que a sociedade se move em direcção de um novo paradigma, baseado na consciência das relações essenciais e da interdependência de todos os fenómenos - físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais.
Este paradigma tem início com uma nova compreensão dos sistemas vivos, onde os organismos internos dispõem de capacidades intrínsecas para se auto-regular e criar estruturas complexas novas, enquanto num contínuo estado de caos.
Isso explica como se combinam as células para formar tecidos, tecidos para formar orgãos, orgãos para criar organismos, e organismos para formar sistemas sociais. Esta capacidade natural dos organismos criarem novas estruturas, materializa-se através de um padrão de troca contínua de energia e matéria, no interior dos organismos, e entre os organismos e o meio exterior vivo. De um ponto de vista sociológico, a contínua troca de energia e matéria entre organismos tem o mesmo significado conceptual que uma troca contínua de informação - conversação e diálogo - que ocorre entre povos e sociedades.
Do ponto de vista de Capra, a ciência moderna nasceu com o desenvolvimento do pensamento filosófico que levou à divisão entre o espirito e matéria, e entre a mente e o corpo. Esta divisão pode ser traçada e seguida a partir da Idade da Razão e do Iluminismo, particularmente com os trabalhos de Galileo Galilei, Rene Descartes e Isaac Newton. A revolução científica moderna começou com Galileo Galilei, quando ele restringiu o papel da ciência a todos os fenómenos que pudessem ser mensuráveis. A conceptualização de um mundo racional e mensurável continuou com Descartes, com a criação do pensamento analítico, onde os comportamentos dos fenómenos complexos foram estudados analisando as propriedades das suas partes. Finalmente, o mundo foi reduzido a uma máquina perfeita, governada por fórmulas matemáticas, quando Newton descobriu as leis da gravidade. A visão mecanicista do mundo que se seguiu proporcionou avanços tecnológicos tremendos no nosso sistema económico e social; no entanto, as consequências sociais de tais avanços contribuiram para uma divisão cada vez maior entre os ricos e os pobres, e criou um ambiente no qual a vida se tornou fisica e mentalmente insalubre: ar poluído, ruído enervante, congestão de tráfego, contaminação química, risco de radiação, e muitas outras fontes de desiquilibrio fisico e mental. Com a rejeição do 'mundo máquina', Capra voltou à noção de universo vivo, orgânico e espiritual. Ele afirma que a sociedade se move em direcção de um novo paradigma, baseado na consciência das relações essenciais e da interdependência de todos os fenómenos - físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais.
Este paradigma tem início com uma nova compreensão dos sistemas vivos, onde os organismos internos dispõem de capacidades intrínsecas para se auto-regular e criar estruturas complexas novas, enquanto num contínuo estado de caos.
Isso explica como se combinam as células para formar tecidos, tecidos para formar orgãos, orgãos para criar organismos, e organismos para formar sistemas sociais. Esta capacidade natural dos organismos criarem novas estruturas, materializa-se através de um padrão de troca contínua de energia e matéria, no interior dos organismos, e entre os organismos e o meio exterior vivo. De um ponto de vista sociológico, a contínua troca de energia e matéria entre organismos tem o mesmo significado conceptual que uma troca contínua de informação - conversação e diálogo - que ocorre entre povos e sociedades.