sábado, 28 de fevereiro de 2009

Cliff Richard - Sarah Brightman - All I Ask Of You

Esta é imperdível... eheheheheh

THE THIRD CULTURE

leia aqui:
ART AND HUMAN REALITY
A Talk With Denis Dutton


Politechnicalities

Eu gosto pouco de falar sobre política porque tenho um irmão-velho mais sábio que eu nesse domínio.
Mas hoje o discurso do António Costa passado no Congresso do PS português foi, se não me engano muito na adjectivação, absolutamente Wagneriano.
Há imenso tempo que não ouvia tantos disparates em tanta concentração da filosofia da aspirina, seguido de uns speeds para alegrar a malta.
Confrangedor. Nunca pensei que o Presidente da Camara Municipal de Lisboa se dispusesse aquele ridículo.
Parecia que estávamos algures na Itália de Mussolini, sei lá, com Luis von Bavaria e o seu protégé Wagner. Totalmente insólito. Sobretudo o discurso! Ataque aos orgãos de comunicação social.... Avisos à Justiça!!!!
Parece que estamos em ditadura e ainda não nos demos conta disso.

Lou Reed - Perfect Day

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

How to construct drama

Rimsky-Korsakov foi a figura principal do nacionalismo russo. Tal como Tchaikovsky o foi no classicismo ocidental. Integralmente russos, no matter what.
O pai de Rimsky-Korsakoff era da pequena nobreza russa, Governador da Volinia - algo que nós nem sabemos aqui no Ocidente onde é. O Czar era Alexandre I, na altura.
A história é interessante. Por tradição os Rimsky-Korsakov eram marinheiros e Nicolai foi enviado para a Academia Naval, onde o irmão-velho já era capitão.
Filho de boas famílias, a aprendizagem de piano era mais ou menos obrigatória. Era considerável útil nos salões porque os frequentaría e teria que desempenhar algo disso, como sua função social.
Mas, espanto!... Nicolai apaixonou-se pelo piano! Deixou de ser uma função social.
Beethoven e Mendelssohn vieram em seguida como seu deslumbramento, e depois Liszt e Wagner. Foi a total precipitação para o abismo do amor pela música. Foi um acto de paixão. Dizia ele «Aos dezasseis anos, eu era um rapaz que amava apaixonadamente a música, brincando com ela. Entre o meu trabalho de amador e o estudo sério de um jovem músico, aluno do conservatório, havia a mesma diferença que há entre os soldadinhos de chumbo de uma criança e a guerra verdadeira. Não houve quem me guiasse. Seria tão mais fácil se alguém mo tivesse dito.»
Tchaikovsky que se presume ter sido envenado por ser amante de um membro masculino da família real do Czar, tem o mesmo problema dramático da literatura russa. Suicidou-se?... Mataram-no? Os russos são muito à la Agatha Christie... evenenam!
É horrendo. Faz-me lembrar os Medici, cuja princesa, Catarina, possuía um anel com veneno incluído que se abria num gesto para depositar na bebida de alguém - e do Papa seu parente que tinha filhos de todas as cores.
Sem falar da história dramática de «Lorenzaccio» de Alfred de Musset, que eu traduzi para o Teatro do Mar, em que se contava que o filho do Papa, tinha saído preto, e foi Duque de Florença.
Toda a narrativa histórica é vastamente dramática e não escapa muito aos temas russos de "Guerra e Paz" ou dos "Irmãos Karamasov".
É curioso como se pode entertecer a alma russa com a alma latina. Ambas vivem do GRANDE DRAMA.
Se seguirmos o percurso musical de Rimsky-Korsakov e a sua «Sheherazade», sobretudo no tema "the young prince and the young princess" - brilhante construção orquestral, não inferior a Mahler ou Wagner.
Borodine fez igual "Nas Estepes da àsia Central" - é absolutamente brilhante. Contudo o seu trabalho mais visitado são "Danças Polovetsianas"... eu até gosto. Mas aqui estamos falando de orquestrações soberbas!
Como se constrói o drama? O emergente e a situação irreparável?
O irreparável é aquilo a que não podemos ocorrer nem acudir. Ou estamos ocupados nos telemóveis ou fomos ao WC.
A frase anterior significa uma futilidade, mas entrega a toda a gente uma ideia perfeitamente consensual de quão frágil é a nossa convivência banal.
Aquilo que Rimsky-Korsakov escreveu nos seus textos musicais asolutamente brilhantes, traduzia-se mesmo sem ser latino, por um drama que afinal não pertence só a nós.
O livro mais brilhante que li sobre esse tema foi "Guerra e Paz".... durante umas férias de 3 meses - na altura. É uma história para ler em fins de verão e longas noites solitárias em bares de praia onde está toda a gente bebeda. Lê-se muito bem nesses locais onde a confiança é traída. Aliás, é o tema básico do livro.
Bom... perdi-me... mas conduzi-os até aqui no texto.
É ASSIM QUE SE CONSTRÓI DRAMA EM LITERATURA.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Imagine

Prana

Este texto é mais ou menos técnico, mas creio que é interessante inclusivamente para leigos em matérias de Meditação, Misticismo e Alta Magia. (Mas vai para minha amiga Cli depois do seu seminário em Minas Gerais)
«Prana» é o quê exactamente? É o «sopro de Deus», ou melhor, o ar que respiramos. Tão simples quanto isso!
E no que se torna diferente a inalação do oxigénio e todos os outros gases raros que compõem a nossa atmosfera da respiração "prânica"? Exactamente a intenção de O respirar.
Esta teoria Yoga não é uma hipótese peregrina porque foram feitos inúmeros estudos sobre o «prana» e a relação na cura de cancros em crianças, sobretudo nos EUA, e creio que na Suécia também.
O princípio básico é a imagética. Ou melhor, a visualização mental do Prana que é inalado a actuar em determinadas zonas do corpo como «curador», ou restabelecedor de harmonia.
A experiência não podia ter sido mais conclusiva porque se tratavam de crianças em doenças terminais e cujos preconceitos culturais não estavam de forma nenhuma ligados ao efeito "placebo".
A permissão mental do "Prana", seja ele executado sobre meditação MT, Yoga, ou apenas em atenção dirigida, tem um efeito específico sobre o nosso organismo. Pode regenerar... pode matar!
Dir-me-ão... ora! toda a gente respira, qual é o problema?
Exactamente aí. Há quem respire para sobreviver apenas, outros respiram para Saber. Hé um abismo entre os dois conceitos.
O «Prana» tem que ser uma intenção mental, uma visualização de Deus, no fundo a nossa integração concordante com o Universo.
O que tem mais piada em todos os estudos que li, é que a utilização com um sentimento ganancioso do Prana cria enormes prejuízos para a saúde. Enquanto nas crianças com cancros foi imensamente benéfico e quase extraordinários.
A respiração Pranayama - no conceito Yoga de concentração mental - é muito controlada e propõe tempos de inalação, repouso e expiração. Muitíssimo complicado para gente apressada dos tempos que correm.
A Meditação Transcendental não obriga a respirações temporizadas mas sim a visualizações mentais em estado ondas alpha até tetha. Psicologicamente falando, é um estádio vastamente alucinatório e, portanto, muito útil para influenciar o subconsciente.
O nosso subconsciente responde a ordens quando elas não se constituem como dúvidas (por isso são ordens e não pedidos) - e executa-as. Maxwell Maltz, no seu livro, A Psicocibernética, explicou isso absolutamente claro. Por isso a 'Fé' resulta em inúmeros casos... e na maioria das lamúrias não fornece qualquer contracto útil.
Deste ponto de vista psicológico, quem pudesse abandonar todas as dúvidas, conseguiria executar qualquer coisa. Seria uma fábrica de sucesso! Ou um tirano público! (eheheheh).
Já houve muitos, sem dúvidas, que nos conduziram, e se conduziram a eles mesmo, à catástrofe!
Mas não é bem assim. Temos um supervisor, o nosso Eu Superior, a nossa alma avançada, o nosso espirito - como quiserem apelidar, porque tem muitos nomes, desde a psicologia à mistica.
Em mística, o "Eu Superior" é apenas o nosso Ser vigilante que vigia a nossa estada nesta terra e neste actual corpo. Para a psicologia aplicada é algo muitissimo complexo que faz parte de um Inconsciente Colectivo e que tem acesso aos conhecimentos gerais da Humanidade. Não sei qual das hipóteses poderá ser mais crível. Eu opto pelo primeiro, como Helena Petrovna Blavatsky.
Voltando ao «Prana» e à sua influência - como dizia Roland Barthes já ninguém lê textos longos, por isso serei jornalistico.
Respirem com absoluta noção da vossa intimidade com a natureza (podem chamar Deus, ou Universo, ou Gaia, ou mãe Terra). Mesmo com o ar poluido, mesmo com o fumo dos cigarros... respirem convidando o "prana" divino a estabelecer dentro de vós o equilibrio e a harmonia.
Vão ver quão diferente o vosso equilibrio mental e a vossa saúde se manifesta.
E não é preciso estudar Teosofia para executar um acto de Alta Magia.

A utilidade da atitude Zen

Zen, pode ser traduzido - de acordo com Alan Watts - como o acto da espontaneidade.
Mas da espontaneidade não racionalizada espontânea, porque quando ela se entende a si mesma como espontânea, trai a verdade.
É um conceito espiritual de almas antigas - e longamente reencarnadas -, porque em si mesmo este tipo de preceito nas sociedades actuais geraria um caos vastamente incontrolável.
O que é o conceito Zen, para além do "acto imediato de pureza absoluta"?
Impõe restrições nos fundamentos do Kristos, ou Krishna, ou Hórus, ou seja, o amor universal. Essa é a condição para aceder ao gesto puro. Que tudo seja subjacente e entendido antes da prática do Zen.
As pessoas não são Zen porque lhes deu na tramontana ir partir um Bar ou bater no gajo do lado que os está a irritar. Mas também é... por estranho que possa parecer.
Por isso o Zen é uma prática para almas antigas, e não para os estagiários deste Ciclo que cometem disparates atrás de disparates sob nosso beneplácido régio.
Se os podemos ajudar? Isso é uma pergunta que nem mesmo Helena Blavatsky tinha resposta quando era viva. Momentos da História da Humanidade complicadíssimos. Nós estamos desistindo e eles resilientes. E o desfecho no Termo do Ciclo terá que ser feito.
Contudo, entre nós, a atitude Zen será de um brilhantismo que os fará educar (?). É uma boa atitude, a demonstração da leveza do espirito perante o peso denso, acumulativo e egoista de pensamento material onde vivem.
Se conduzirá à passagem deles ao próximo Ciclo. É interdita essa informação. E ficarão neste Aeon mais uma vez, mas não connosco.
Mas já vi alguns resultados concretos. Há gente «mansa» entre eles que percebe pelos símbolos. O acto é o melhor professor e é bom que os ensinemos assim. Não temos outra hipótese: é na atitude que os podemos levar à interpretação das suas incongruências espirituais.
Vai ser um parto muito difícil a saída deste Aeon para um Ciclo superior. É bom que todas as pessoas de bem - mesmo que não acreditem - dêem uma ajuda. É necessário estender a mão... não retirá-la!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A MEDITAÇÃO E O MUNDO IMEDIATO

Há uma certa incompatibilidade entre a Meditação e viver em sociedade - sobretudo na sociedade ocidental. A meditação desenvolve uma extrema sensibilidade às vibrações das coisas e das pessoas que nos rodeiam, porque ela própria tenta a Harmonia. O que nem sempre é útil no mundo da actualidade e velocidade a que vivemos no meio de multidões.
Os dados imediatos da consciência, de que o filósofo Henry Bergson falava, podem ser de extremo incómodo quando nos tornamos demasiado sensitivos, tornando-se num impedimento da resposta adequada ao instante. É como a gaguez - que resulta duma tentativa de perfeccionismo em stress contínuo. A sensibilidade exacerbada que nos confere a meditação, resulta numa leitura extraordinariamente complicada das vibrações que outras pessoas nos transmitem emocionalmente quando se encontram presentes. Estar no meio da multidão normal de um café pode transformar-se numa penosa experiência.
Não é em vão que a maioria das pessoas sem o saber, quando conversam, cruzam os braços em frente à barriga. Estão pura e simplesmente fechando o seu 3º Chakra - da energia e amor-próprio - e protegendo-se. Os psicólogos chamam a estes gestos "linguagem corporal", mas não é apenas isso. Há uma resposta pura e simples a nível de energia que recusa a energia alheia que não lhe é similar.
A diferença vibracional entre pessoas humanas normalmente é definida pela simpatia, ou empatia, como quiserem, que dá de imediato acesso a uma transferência sinergética entre os dois indivíduos. Outros, são-nos apenas repulsivos e totalmente alienígenas.
Por vezes situações de repulsa, por questões Kármicas, são obrigatórias e desenvolvem-se sob o domínio da paixão. A paixão nasce de facto no 2º chakra da emoção, criatividade e prazer, em conjunto com o 4º chakra mal aberto, Anahata, do amor incondicional. Isso pode criar as grandes paixões do tipo "Amor de Perdição". É claro que tem sempre sexo à mistura.
A Meditação cria um problema porque os estados que cria se relacionam directamente com o transcendental: o 6º e o 7º chakra. Essa ligação ao abstracto e ao Universo é por vezes muito perniciosa do funcionamento comum dos 3 chakras base de sobrevivência, reprodução e relações públicas. É quase uma incompatibilidade porque nos distancia da relação natural com o mundo "real".
Por isso é necessário termos alguns cuidados com a meditação ou o Yoga - se não quisermos transformar-nos em monges!
Um dos homens mais inteligentes pelo chakra do Coração, Anahata, foi Gandhi, e conseguiu com uma estratégia absolutamente sábia vencer um império. Mas a sua meditação era activa e não passiva. Fiava linho ao meditar e executava tarefas diárias comuns. Mas há poucas almas antigas assim actualmente.
A grande maioria da introdução que fizemos nesta reencarnação obrigatória de resilientes, saltaram do 3º para o 5º chakra e tornaram-se, na sua maioria, políticos, e governadores de todos nós.
Conheciam o uso do som e da palavra, já anteriormente, como Poder, e utilizam-no como ganho próprio, porque o chakra do Coração foi ignorado.
Eu apenas volto a este tema porque estamos num período de Shift (mudança) muito grande, e muitos acontecimentos extraordinários irão ocorrer.
Portanto a todos os meus amigos meditadores por todo o mundo. Centrem-se no 4º Chakra, ANAHATA.

Heart Sutra (Sanskrit) by Imee Ooi

O Bem e o Mal e o comportamento Bipolar e os Chakras

Dantes chamava-se Esquizofrenia a pessoas que tinham mudanças de humor alternativo entre o eufórico, o depressivo e o improvisativo. Por paradoxal que possa parecer quase todos os artistas foram considerados -uns mais que outros - esquizofrenicos pela psicologia aplicada. Em primeiro lugar porque a «criatividade» depende sobretudo do não condicionamento psicológico social, o que é importante para a criação. Em seguida porque é a extrapolação da dôr humana levada ao dramático, que é a encenação da vida de forma teatral, a criação de personagens, de temas básicos e simbólicos para a sobrevivência da inteligência humana, como a compreendemos actualmente.
A sobrevivência da espécie humana esteve sempre muito ligada à simbologia e à capacidade de criar o drama. Até os animais que conviveram connosco desde há milénios e se fizeram parte da nossa comunidade, como os cães, os antigos lobos, sabem interpretar as emoções humanas olhando o nosso rosto - conseguem ver a preto e branco o que lhes retira a ilusão das nuances da cor. Não é em vão que a fotografia a preto e branco foi sempre considerada Arte por retratar mais fielmente todas as situações.
Branco e Preto, Bem e Mal, comportamentos Bipolares. Onde nos leva este raciocínio?
A civilização Ocidental, sobretudo a Europeia, viveu dois milhares de anos fundamentada em conclusões da religião católica: o Bem e o Mal. Isso construiu uma cultura fundamental de comportamentos. Afinal, tinhamos que nos afastar dos bárbaros do norte da Europa que invadiam e matavam por prazer.
Talvez aí a religião católica tenha ajudado a pacificar o mundo que hoje chamamos civilizado. Devemos-lhe esse único mérito - que foi totalmente em seu proveito próprio. Ainda assim, ajudou a pacificar, a estruturar e planificar a nossa vida em sociedade. Os «homens-de-bem» não são exactamente o Vaticano, antes pelo contrário, existem livremente entre nós e não professam outra religião que não seja o de amar o seu semelhante.
Os Comunistas também pensam assim - os «puros comunistas» - portanto, sempre houve gente boa entre nós, que pensam nos outros e tentam compartilhar em vez de acumular.
O mal deste tipo de ideologias é quando se tornam instituições tornam-se poderosas, controladoras e manipulativas. E o Poder corrompe - e o poder absoluto corrompe absolutamente! Mas porquê?
O Poder, a nível místico, é controlado sobretudo por 2 chakras humanos. O Chakra da Raiz, Muladhara, onde reside a Kundalini - chakra da sobrevivência da espécie -, e o 3º Chakra, Manipura, o centro do Ego e das relações entre pessoas - e também, por curiosidade, do amor-próprio.
Estes dois chakras conduziram esta evolução humana a uma visão Bipolar do mundo: entre o objectivo da sobrevivência e o seu sucesso pessoal. E foram, e estão a ser, usados em excessos.
A reacção comum das pessoas com enorme euforia e sucessiva depressão vem daí. Porque não abriram o Chakra 2, Svadhisthana, a Criatividade. O segundo chakra consegue conciliar a ligação entre os outros dois.
Contudo, nos dias que correm, vamos ter que passar ao 4º Chakra, Anahata - o planeta Terra exige-o à espécie humana. Até 2012 teremos que fazer a mudança de vibração para entrar no Chakra do coração.
Algumas pessoas pensaram que por um tipo de Meditação especial que pode fazer despoletar a subida da Kundalini e abrir todos os chakras isso lhes seria benéfico. Mas é um grande erro e pode conduzir à loucura. É proibido entre os misticos esse tipo de práticas meditativas e ninguém deve ensiná-las antes pelo menos a abertura do 4º Chakra, Anahata.
A incompreensão de Anahata ainda é flagrante porque a maioria dos praticantes pensa que o Chakra do Coração é o do amor pessoal e egoísta, e não podem estar mais errados.
Anahata é o canal de energia que está ligado à compaixão, ao amor incondicional, e uma ligação à Terra, à harmonia e à paz.
A Kundalini não deve ser acordada antes da abertura do 4º Chakra ou poderão incorrer em inúmeros riscos de insanidade. A abertura é súbita demais e volta de novo a fechar-se. Se Kundalini - a força espiritual inicial - que reside na base do Chakra Raiz não encontrar todos os outros chakras preparados para a abertura total, recolhe-se de novo, mas o mal já foi feito nos chakras superiores. A abertura da Terceira Visão e do Chakra da Coroa podem fazer grandes danos ao cérebro.
Portanto a todos os meus amigos Meditadores vai um conselho de um estudioso destas coisas. Vão com calma. A sabedoria só se atinge pelo Chakra do Coração, Anahata. Ninguém passa aos superiores sem passar pela correcta abertura deste. Está escrito por todos os místicos desde do antigo Egipto a Eliphas Levy.
Portanto quando sentirem grandes alterações do vosso humor diário, tentem concentrar-se e editar sobre o Chakra do Coração, e deixarem o vosso ego dormir.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

CARNAVAL: i haven't got time for the pain


All those crazy nights when I cried myself to sleep
Now melodrama never makes me weep anymore
'Cause I haven't got time for the pain
I haven't got room for the pain
I haven't the need for the pain
Not since I've known you

You showed me how, how to leave myself behind
How to turn down the noise in my mind
Now I haven't got time for the pain
I haven't got room for the pain
I haven't the need for the pain
Not since I've known you

Suffering was the only thing that made me feel I was alive
Though that's just how much it cost to survive in this world
'Til you showed me how, how to fill my heart with love
How to open up and drink in all that white LIGHT
Pouring down from the heaven
I haven't got time for the pain
I haven't got room for the pain
I haven't the need for the pain
Not since I've known you

A SAUDADE


Durante a época de Carnaval sinto muito a falta dos meus amigos. Dantes era tudo tão divertido!
Lembro-me sobretudo do Al Berto, da Rosário Estevan, do Wladimir Franklin, do Virgilio, do meu irmão-do-meio Vicente. Sinto uma imensa saudade, que o Carnaval não consegue anular.
Eles andam todos por aqui. Eu ouço-os nos batimentos na madeira das estantes e nos olhos perplexos do gato da vizinha. Quem acredita em reencarnações sabe do que estou a falar.
Mas, para não deixar passar esta data de saudade, vou pôr no meu Blog o meu prefácio ao livro do Centro Cultural Emmerico Nunes sobre o meu querido amigo Wladimir Franklin, cortado da vida abruptamente.
DE PROFUNDIS
"Falo-lhes das profundezas da terra, meus amigos. Da terra onde depositaram os restos daquilo que um dia fui. Falo a todos vós que ainda não experimentaram a solidão da morte, a lassidão do Nada, a participação do Todo universal da qual fazemos indiferenciadamente parte integrante. Falo-lhes do local único aonde se conhece a verdade, onde se desconhece a diferença e aonde somos todos inevitavelmente iguais, onde voltamos finalmente apenas ao pó original.
Sobrevivo ainda na alma de todos aqueles que me amaram porque o Amor é superior à Morte e a contraria. Sobrevivo apenas por vocês, todos os meus amigos que não me querem esquecer.
Sei que o tempo acabará por me matar na indiferença do esquecmento mas, por enquanto, estou tão vivo quanto vós no coração pulsante de todos os que quiseram o Bem.
E eu não vos consigo esquecer porque vocês não se esquecem de mim. Esqueçam-me, por favor, entreguem-me finalmente ao meu criador, deixem-me partir para a Luz, deixem-me dormir em paz.
A minha vida foi um enorme mar de escolhos aonde tive alguns abrigos. Todos eles eu recebi com gratidão... fui sempre mais grato na minha vida do que exigente. Fui sempre humilde, embora fosse grande... essa é uma das características inimitáveis nos Grandes: serem humildes.
Os outros, aqueles que querem ser mais do si próprios, tornam-me apenas apanágio do ridículo. São anões agigantados pelos ventos do destino que desempenham papéis provisórios que as circunstâncias lhes conferiram, mas no fundo são "ninguém", construções virtuais de um universo fictício que sofre de auto-consumpção, como as doenças tuberculosas ou autofágicas... comem os seus próprios membros depois de roerem as unhas de não serem o que demonstram ser. Continuam cegamente numa predação contínua de si mesmos até à sua extinsão.
A minha vida porém foi dolorosa e dramática, como deve sera vida de um artista. Cumpri integralmente o meu papel sem esquecer uma única 'deixa'.
O meu cenário foi brilhante e catastrófico qual tragédia Grega.
E agora aqui, das profundezas do meu leito derradeiro, envio-lhes um sinal, uma recordação de coisa nenhuma, porque o pior da morte é o esquecimento. Tudo deixa de ter importância, de ter contexto neste olvido, porque a morte é a libertação de todas as insuficiências: é a suficiência em si mesmo.
Quando eu voltar, porque é claro que vou voltar, quero redimir-me como Napoleão, no mínimo. Não o humilde artista a quem nunca em vida ninguém reconheceu. Serei tirano. Um Gilles de Retz. E aviltarei a todos os patéticos e bem comportados fazedores de uma moral de mentira que esconde a infâmia, a vida dupla e a corrupção generalizada.
Fabuloso, organizado e mau serei eu, para punir a mediocridade saloia e boçal com que destruíram a minha vida criativa.
Não fossem aqueles que me compreenderam, nunca teria feito nada na vida, seria mais um Jorge de Sena exilado em terras de outro país ou um mendigo por opção.
Portugal é um país castrante que apenas aceita a medianía, não é génio.
Há um fenómeno de ciúme nacional que só aceita compreender a nossa obra depois de estarmos mortos. Como se os insultássemos de alguma forma por lhes mostrarmos a verdade escondida debaixo da sua pose de circunstância.
Eu não correspondia de facto à imagem que um "artista" para eles deve ter. Nem era cordato, quando não gostava do que via, nem sequer me vestia como eles, nem sequer tinha os mesmos gostos politicamente correctos. Era uma espécie de «intocável» indiano de quem eles precisavam serviços bem feitos... desde que isso resultasse no seu próprio proveito.
Mas não me queixo de nada, nunca me queixei. Deixei aos meus amigos o atributo que outros me devem... sofrer por mim o desprezível papel que me atribuiram numa peça que nunca foi minha.
É claro que nunca ficarei famoso nem entrarei na Hist´roa. Tanto se me dá! A História é uma sequência de indignidades admitidas e reescritas ao sabor dos tempos que correm. É bem melhor não participar nelas.
Mas para quem me recordar estarei sempre lá, com o meu sorriso irónico, o meu olhar loquaz, a minha timidez translúcida e o meu cabelho sem um grisalho, que era o meu orgulho.
Agora sou apenas uma nuvem no céu de Sines, uma brisa que vos afaga o rosto ao passar, o raio de sol que brilha por entre as nuvens depois da tempestade passar.
No fundo, não foi isso sempre aquilo que eu fui? Sempre tão suave que ninguém me notou, tão cuidadoso com os outros que lhes era indiferente?
Porque, só os brutos e os cobardes são barulhentos e fazem alarde, à falta de outras qualidades que não encontram em si.
Eu fui sempre tão completamente inocente de coisa nenhuma! O meu Deus sempre morou em templos manufacturados por mãos mansas.
Se tudo o que é verdade deve sempre converter-se numa religião: fui um monge!
Nunca me ensinaram a ser feliz, mas eu pensei que podia sê-lo por instinto. Enganei-me: pela terrível alquimia do egoísmo vocês converteram o vosso remorso em raiva. (...)
(João do O'Pacheco)
Prefácio de abertura de "como se uma janela se abrisse"
Edição do Centro Cultural Emmerico Nunes

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Espanto Inexplicado de Clarice

A minha queridissima amiga Zeza Botelho, no seu Blog "Troca de Olhares", passa um texto de Lispector. Aliás, como é dificil lá chegar fica aqui o endereço: http://trocadeolhares-mjb.blogspot.com/
Maria José Botelho para além de ser uma excelente poetisa tem um gosto - comum aos poetas - algo extraordinário e de muito dificil abordagem. Eu gosto.
Como se analiza um artista? É uma curiosa pergunta! Pela sua técnica e patine de tela, pela sua dissonância tímbrica, ou pela sua requisição contínua de citações literárias?
Um artista é apenas aquilo que representa, quanto a mim. Ideias transmitidas. Quando conseguimos passar uma emoção aos outros estamos fazendo arte. Não estamos exactamente a educar - isso é um assunto que tem outro aspecto. Educação e arte levar-nos-ía a textos muito complexos que actualmente ninguém quer ler.
Segundo Umberto Eco os textos explanativos de imediatismo - o consumo do actual - devem ser curtos, com uma redução discursiva e objectivada. Ainda estou para perceber porque é que ele escreveu aquele calhamaço "Apocalipticos e Integrados". Do seu ponto de vista ninguèm iria lê-lo. Ainda assim, eu fiz esse devastado esforço. Aliás, o minimalismo constrói-se à face da imagem. As palavras não concorrem com a imagem, como todos sabemos.
Nós, como intelectuais, como poderíamos contratualizar esta faceta estranha do imediatismo?
Rolland Barthes afirmava que a visão era a primeira imagem intelectual que se absorvia e que podia influenciar a primeira instância do acto.
Allan Watts, o traductor de «Budismo Zen» para o Ocidente, falava do "acto puro". O que quer isso dizer? A acção não programada. Mas isso é a intenção, ou a liberdade de acção não solicitada? Um capricho?
Em psicologia aplicada isso pode constituir distúrbio psiquiátrico - contudo um acto de liberdade.

Madame La Viscontesse de Béausant


Era do domínio público, e quase anedóctico, que a Viscondessa de Béausant só era visível depois das cinco da tarde - tornou-se mais ou menos protocolar. Queria dizer que gente fina teria que recuperar dos seus excessos com brilhância pública, para se apresentar a nível social.
A antiga Camara dos Lords Franceses - que se chama de outra maneira mas agora não me ocorre - constituiram uma série de regras sociais que fomos todos seguindo como «boa educação».
Portugal seguiu - na minha geração - os termos educacionais franceses. É verdade, eu sei falar melhor francês do que inglês! A única piada é que os franceses eram bastante mais libertinos e menos peados que os britânicos. Isso criou uma conjuntura cultural totalmente diferente entre os dois países. Aliás, sempre se detestaram, por razões óbvias, tais como os duques da Normandia se constituirem como reis da Britânia. Guilherme II é um bom exemplo depois da batalha de Hastings.
Mas a Corte francesa era "flanant" e totalmente instituida nas "lições morais da Condessa de Ségur" e, sobretudo, a desacreditá-las. O que os franceses têm no seu melhor é pôr em prática aquilo que se chama a "contra-cultura". Por muito que pareça que os britânicos são exemplares a nível da lógica... os franceses são vastamente superiores. O sentimento e a inteligência conjugados são bastante mais úteis que a fria lógica. Comprovámos isso com os alemães na última guerra e a sua destituição de moralidade com o mundo civilizado.
Mas, Madame La Viscontesse de Béausant vinha a propósito do Carnaval e da maneira como ela se preparava para receber. Era uma criatura espectacular. Tudo à sua volta era algo inédito, desde o chá vindo da China até ao cachimbo de água com haxixe em ébano. O pormenor da atenção cuidava de tudo - e mais 100 criados é claro. O dinheiro paga tudo. Sobretudo a imagem.
Eu que sou um homem muito atento, tenho medo que tenhamos no nosso país uma Viscontesse de Beausant mascarada de... não posso dizer, senão sou processado.

NO REGRETS COYOTE...!!!

Como se diz em "technical english" - you pick up what you find on the highway.
Fiquei fascinado esta madrugada quando vi os artistas da Austrália que reuniram em poucas horas para ajudar os seus conterrâneos aflitos pela desgraça dos fogos.... mais de 19 milhões de dollars.
Coisa ainda mais curiosa, saber que a Dior vendeu a sua colecção de arte pessoal no valor de cerca de 300 milhões de Euros para doar a instituições de caridade.
É curioso ver como as nossas empresas em vez disso abrem falências técnicas e põem famílias na miséria.
De facto os nossos empresários são de uma qualidade extraordinária!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Fado Americano: Vocal-Jazz


Nina Simone disse aqui há uma década que era a maior cantora de Jazz do mundo. A minha inquietação de ouvir imodéstias fez-me seguir vários percursos artisticos na altura. Primeiro a sua grande concorrente Ella Fitzgerald e depois a grande senhora do Jazz - quanto a mim - Sarah Vaughn.
Nina Simone tem um pretérito de construção artística que é sublinhar a sua voz apenas com piano e percussão enquanto Sarah Vaughn se acompanha com orquestra e encenação.
Aliás, Sarah Vaughn é das vozes com mais extensão, timbre e tessitura do mundo, desde os baixos-barítono masculinos até ao contralto dos "castrati" sopranos. É quase inexequível a sua performance.
Isto vem apenas a própósito de um album que um amigo meu me enviou "Sarah sings for lovers". É absolutamente deslumbrante.
Digamos que, no lado feminino, é The Voice. Ficaremos todos à espera de quem vai substituir o Frank Sinatra... se Harry Konnick Jr. ou Michael Bublé. Eu opto pela segunda aposta.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Metereologia da Funcionalidade


Nos tempos que correm os Bilderberg, e outros donos do planeta, acham que as pessoas devem ser funcionais de acordo com o seu CLIMAT. A escravatura inteligente.
Já não bastam as máximas Circo, Sangue e Espectáculo... é preciso fazê-los acreditar que estão desempenhando de maneira grosseira a sua contribuição para a sua carteira. Portanto, necessitam de ser melhores para passarem pior! É vastamente espectacular este tema de imbecilidade pública!
Quando caímos num tema geral de hipnose pública que não entende que tem Poder e que se senta placidamente na sua medíocridade - aquilo que os Pink Floyd chamavam de "Comfortably Numb" - não há nada a fazer.
Eu sou basicamente Anarquista... a revolução tem que ser contínua porque todos os poderes instalados tornam-se burgueses, corruptos e manipulativos.
O espectáculo da União Soviética não foi bonito. Muito menos o actual do señor Chavez elegendo-se a título infinito. Porventura não acredita nas reencarnações, senão já viria como Presidiente para o próximo ciclo reencarnativo.
Este texto do culto da personalidade é totalmente inoperativo. Não é útil. Está provado. Pode ser por alguns momentos da História onde a depressão tem que ser empolada pelo exercício Wagneriano do épico e da aventura. Mas não conduz a lado nenhum. Ou melhor, conduz invariavelmente à desgraça e aos grandes dramas Históricos.
A tentativa actual dos capitalistas que caíram do seu pedestal e tentam controlar as mentes da população criando-lhes medo-pânico em vez de os ajudarem é negociável. Ainda não estamos em guerra... mas quase!
Seria talvez conveniente, por questões de ordem pública, e de decência básica, que abdicassem de passar férias em Monte Carlo e pagassem os salários aos empregados em vez de abrirem falências técnicas e porem na rua famílias inteiras.
A segurança pública actual não está assegurada. E, quanto a mim, não deve estar. Se o escandalo continuar, temos que tomar medidas. E sabemos quem eles são.

A HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Há dias um amigo meu estudante, ainda, perguntou-me qual seria o melhor utilizável livro de História da Filosofia para o seu exame de final de curso.
Eu, de facto, fiquei pensando seriamente sobre o assunto.
Para todos os outros aqui vai o meu conselho.
Existe no mercado traduzido em português de Portugal três obras fundamentais. A de Will Durant, a obra sob a direcção de François Châtelet, e a brilhante compilação de Nicola Abbagnano.
Claro que Will Durant num só calhamaço fica muito mais barato, mas tem um problema: o historiador comenta em rodapé os filósofos - o que é totalmente inaceitável, e faz considerações pessoais. Portanto para bolsas pobres, ignorem o rodapé a não ser para informação bibliográfica.
A obra de Chatelet está muito bem feita e é isenta mas, para mim, a melhor obra é de Nicola Abbagnano. Longa e cara, em muitíssimos tomos. Eu nem cheguei a comprar todos os livros porque ficava muito caro.
Mas é a minha opinião. E está traduzido em português. Não têm que ir ler em alemão ou inglês.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Genesis - Entangled live

Entangled (Enredado)


When you're asleep they may show you
Aerial views of the ground,
Freudian slumber empty of sound.

Over the rooftops and houses,
Lost as it tries to be seen,
Fields of incentive covered with green.

Mesmerised children are playing,
Meant to be seen but not heard,
"Stop me from dreaming!"
"Don't be absurd!"

"Well if we can help you we will,
You're looking tired and ill.
As I count backwards
Your eyes become heavier still.
Sleep, won't you allow yourself fall?
Nothing can hurt you at all.
With your consent
I can experiment further still."

Madrigal music is playing,
Voices can faintly be heard,
"Please leave this patient undisturbed."

Sentenced to drift far away now,
Nothing is quite what it seems,
Sometimes entangled in your own dreams.

"Well, if we can help you we will,
Soon as you're tired and ill.
With your consent
We can experiment further still.

Well, thanks to our kindness and skill
You'll have no trouble until
You catch your breath
And the nurse will present you the bill!"

by Genesis (A Trick of the Tail)

Maria Bethânia em Lisboa no Coliseu

Maria Bethânia está em Portugal em tourné e estará no Coliseu dias 27 e 28. Os bilhetes não são nada baratos, cerca de 60 Euros... é uma diva! A não perder!Maria Bethânia dá dois concertos em Lisboa -

"Ryan Eng" é o autor desta fantástica foto

Solidão partilhada... or what?


Hoje assisti a uma conversa curiosíssima num restaurante da Baixa de Sines entre dois jovens. Eu não queria ouvir a conversa, não me era destinada, passava-se numa mesa ao lado.
Mas o tom de voz protocolar da casa é não falar muito alto, exceptuando a gargalhada!
Curiosamente o rapaz parecia fazer uma declaração de amor à rapariga - coisa rara nos dias que correm. Ela estava entediadíssima e ele mais ou menos desesperado e assustado.
Eram duas criaturas lindíssimas de aspecto.
Ele falou, e falou, e falou. Mais ou menos pudemos todos ouvir que estava apaixonado e que procurava da outra parte uma resposta.
Ela levantou-se e disse-lhe para todos ouvirmos: "Estou farto de lamechices! Se quiseres passar à noite não me venhas com essas conversas." - e saiu.
O rapaz ficou com o olhar nublado, sozinho na mesa, pediu um whisky, e fitou o chão.

Mensagens Subliminares

Toda a gente se recorda da grande polémica em relação à publicidade nos finais de 70 acerca de mensagens de influência psicológica passadas através de sons inaudíveis ao ouvido humano - contudo bastante entendíveis pelo nosso subconsciente.
Isso foi proibido, primeiro nos EUA, e depois no Reino Unido, e a Europa acatou a regra como conceito globalizante.
Compreendeu-se dessa forma, algo subversiva, que a mente e a vontade das pessoas podia ser alterada sem o seu conhecimento próprio, e os seus desejos ser alterados por sugestão subliminar.
Foi uma discussão muito técnica, até porque os serviços secretos Russos da altura, e os Americanos é claro, trabalhavam afincadamente em projectos que incluia a afectação de influência massificada a multidões para os seus propósitos político-ideológicos. A técnica foi portanto interdita. Sabe Deus se foi... por lei, foi de facto.
Aliás, descobriram-se outras técnicas mais apelativas para o consumo e a publicidade que são audíveis, funcionais e viáveis, e que funcionam em absoluto pelo apelo ao ego humano e ao sexo - o que resulta extremamente bem a nível de consumo. Por essa mesma razão temos um excesso e a população mundial endividada e com a casa e bens penhorados. A super-produção acabou num deserto de acumulação sem fluxo distributivo. Mas há pessoas a morrer de fome em África e nós jogamos comida para o lixo! É um escândalo do egoismo humano. Juntou-se a fome à vontade de comer!
O tema de "controlar as mentes" não é novo. Desde Anton Mesmer em França no sec. XVIII - que demonstrava a histeria da Corte francesa - até ao célebre Grigory Rasputin na Rússia em XIX que controlou suas altezas reais Romanov, ao ponto de Alexandra Fedorovna ficar praticamente refém desse "mensageiro de Deus". Aliás, ele governava praticamente a Rússia. Foi preciso muita bala e muito veneno para o matarem. É curiosa a história da Rasputin, porque ele ingeria veneno em caso de ser envenenado, e quando principe lhe deu uma valente dose, teve que o matar à pistola com um carregador inteiro.
Com Mesmer, na Europa, a prática foi interrompida estupidamente sobre o estudo da hipnose - Mesmerismo, como chamavam na altura. Foi um erro total, o estudo da mente e da sua influência ainda apenas tinha começado. Partiu-se então para a simbologia do subconsciente com Freud, Jung e as várias escolas que daí saíram.
Mas a "influência subliminal" não foi esquecida, nem por políticos nem por "Markteers" (fazedores de mercado). Por absurdo, a política tornou-se também num Mercado.
Quando se considera algo com rentabilidade, entra no Mercado. A Politica dos dias que correm é um enorme mercado, porque decide sobre os mercados.
A minha preposição é esta sem ser um verbo infinitivo: terá toda esta crise actual sido criada a partir de influência subliminal?
Que se passou no planeta para além de um Flop bancário mundial - uma grande vigarice - que já aconteceu anteriormente e nunca conduziu o planeta ao desespero como hoje acontece?
Porque desceu tanto a confiança mundial. Afinal somos todos humanos e temos um sentido de solidariedade. Então, nesse caso, o que se está de facto a passar?

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Voltas


"Perdigão, que o pensamento
Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que sustenha:
Não há mal que não lhe venha.

Quis voar a uma alta torre
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha."

Luis de Camões - «Lirica»

sábado, 14 de fevereiro de 2009

America - horse whit no name

Pérolas raras

Eu nunca falei do minimalismo porque não é algo que me agrade particularmente. Quanto a mim é reductor e estenográfico, o que induz à particularização e chamada de atenção quase telegráfico e, portanto, ligados ao imediatismo da obtenção da atenção dirigida. Mas Kim Robertson tem uma tendência para este tipo de produções artisticas algo orientais. No entanto brilhantes!
Ainda assim, gostaria de falar de um album particular que saiu de Singh Kaur, This Universe.
Singh Kaur (a Princesa Leoa, literalmente traduzido - nome verdadeiro, Laura Drew) criou uma espécie de Mantra continuamente repetido por 63 minutos, se não me engano. É absolutamente fascinante. A repetição do tema contínuo e constante é hipnótico. Vale a pena ouvir. É brilhante como interpretação, porque o que apenas muda é a sua voz e não as palavras ou a música em repetição quase mesmérica. Uma pérola de bom gosto.

O TRANSHUMANISMO: Eugenics Revisited

A mania de criar uma Raça humana perfeita é um célebre conceito tanto Alemão como Americano. Todos sabemos no que deu. Uma guerra inter-raças que destruiu praticamente o mundo civilizado.
Eu compreendo perfeitamente o objecto de Hitler contra os Judeus que tinham (e têm) o governo económico do planeta e destruiram quase a economia europeia na altura.
Mas o conceito hitleriano, e mais tarde o americano, de fazer uma raça perfeita, e higienicamente perfeita, é uma tolice matemática - e sobretudo sociológica. Se há uma coisa de que a natureza se livra é dos idiotas.
Agora decidiram instalar 'chips' não só nos carros que passam nas auto-estradas mas também nos nossos cérebros.
Lembram-se do 666... o número da Besta.
Quando formos todos catalogados como parâmetros de supermercado com barras de leitura digital, ficaremos sujeitos ao controlo mais ou menos gerneralizado.
Voltamos ao tema Humano Demasiado Humano, de Nietzsche: os Super-Homens!
Não seria tempo de cairmos na real e sermos mais domésticos do que aviadores de naves espaciais? Que disparate é este que estamos construindo?
Será que o domínio da Finança se instalou de tal maneira que pretende controlar tudo e todos?
George Orwell falava verdade em Nineteen Eighty-Four (1984). A omnipresência do Estado. Mas qual Estado?
Sobretudo não é quem nos representa. É quem nos consome como vampiros de um poder que lhes oferecemos voluntariamente.
Sabem que, em teoria, os vampiros não podem morder ninguém e torná-los vampiros também a não ser por concessão própria. É curiosa a imagem dos Governos actuais.

The Freeport Affair


Vamos lá a ver. Eu não costumo dar opiniões nem fazer considerações sobre assuntos políticos. Mas por absurdo este universo fantástico da política actual portuguesa parece sair de um romance de Tolkien.
Acho que há um "Senhor dos Anéis" contra as casas de Repoula e etc.,(executadas pelo senhor 'inginhêro' Sócrates), contra o seu diploma de engenheiro conseguido por exame por Fax, e mais o imbróglio do Freeport, onde tem a família toda incluída, tios, primos em retiro espiritual na China, mãe, etc., - que a policia inglesa veio investigar.
De 4 milhões de 'luvas', já chegámos a '8 milhões'. O PM diz no Parlamento que qualquer pergunta é um insulto. Toma-nos a todos por burros ou mentecaptos?
Se não tiver quaisquer problemas sobre recebimentos inapropriados de verbas ilícitas a um Ministro do Ambiente, na altura, abra a sua conta pessoal e deixe ser examinada. É só isso que tem a fazer.
Pare de fazer de vítima! Eu quero saber se recebeu ou não recebeu o dinheiro para a viabilização do Freeport quando Ministro do Ambiente. É meu direito porque pago impostos para que ele faça a gerência do país.
Toda a gente sabe como se faz a construção do drama a nível televisivo. Parece que o Berlusconi chegou à península ibérica.
Se tal não se esclarecer, nunca mais volto a votar no PS.

Amizade é útil


A amizade é algo esquecida nos tempos que percorrem este planeta sublunar.
Tornou-se uma troca de favores, ou de prazeres, ou um concerto (ou conserto) de intenções dúbias e subterrâneas que não são fáceis à natural efectividade de sensibilidades.
Reflecti sobre este fenómeno da natureza humana profundamente.
Como todos os meus amigos sabem não tenho a menor simpatia pelos católicos, portanto isso poderia parecer não consensual por criar uma filosofia contraproducente daquilo que é "dito por eles": prática do amor interactivo. Eu sou pro a prática dessa mesma filosofia, tanto como fenómeno psicológico, como ecológico. É positivo.
Aliás a religião nunca foi senão um impedimento para o racional, tal como o Cartesianismo nos evitou a criativade do fantástico, que é porventura a construção do nosso actual universo de catástrofe.
O Homem não pode afastar-se do seu lado mágico. Esse fenómeno pode conduzir-nos á 'technicality' que nada explica senão fenómenos físicos mesuráveis. Mas nós não somos fenómenos mesuráveis! Ainda não, pelo menos, por mais que os psicologos e sociologos expliquem com extrema dificuldade técnica.
Marx disse um dia que o "Capitalismo é autofágico" (a tradução é minha) e estamos a observar o fenómeno debaixo dos nossos olhos. A sociedade como a entendiamos está a desmoronar-se!
Chegámos a um ponto social em que todos (gente de bem) devería dar as mãos e contribuir para o nosso convívio e partilha do planeta de forma gentil.
Creio que a gentileza deixou de existir e chegou-se à discussão das tecnicalidades - como dividir.
O mal de tudo isso é que muitos pura e simplesmente não dividem e acumulam. Como a retenção da gordura. Por mais que faças para emagrecer, apenas engordas! Ginástica, maratonas, tudo.... comes um pão, engordas um kilo.
Mas acumulam para quê?
A super-produção mundial que nos criou este enorme problema (que todos sabíamos há décadas que iria desencadear aqui) primeiro pela fruição do consumo, e em segundo lugar pela falta de consumidores pelo declínio de poder de compra.
Se se fizer "elitização" produtiva de qualidade - como todos os países europeus estão a designar - cria-se ainda uma crise bastante mais fantástica. Só os ricos comprarão!
Isto está devotado a uma inesperada grande convulsão social. Eu não arrisco a dizer, mas nos tempos que aí vem.............. esperem o inesperado.

Thick as a Brick


Um amigo meu do Canadá enviou-me via Net o album com gravação original dos Jethro Tull, Thick as a Brick, de 1972. Ainda me recordo do album em vinil que vinha com um cover de papel de capa de jornal. Na altura, como não tinhamos designação para aquele tipo de rock, chamámos-lhe "rock sinfónico". Igualmente aos seus seguidores, Emmerson,Lake and Palmer, YES, Camel, Gentle Giant, Rick Wakeman e mesmo Klaus Schulze - a que já denominávamos de Rock Espacial. Depois os burocratas instalaram tudo na denominação de Progressive Rock (que sabe-se ser uma designação que inclui músicas Rock com tratamento clássico como os do YES e do Emmerson Lake and Palmer, mais os albuns de Genesis com o saudoso Peter Gabriel) - o que eu acho totalmente errado, mas absolutamente "arquivado".
Jethro Tull não pode ser determinado em qualquer parte do Rock. É tão original que simplesmente não tem classificação. O título do album em si mesmo perfigura uma condição: "Burro que nem um calhau".
As histórias dos poemas que acompanham as músicas dos grupos musicais que fizeram o Rock Sinfónico são um "case study", como se diz actualmente.
Vejamos, "The Lamb Lies Down on Broadway", dos Genesis, trata-se de uma longuissima história psicadélica dificilmente seguida desde o início ao fim. Sobretudo porque a música constrói o texto poderosamente em conceitos e insinuações de sentimentos. A música pode fazer isso quando é bem conduduzida por referências dramáticas - Wagner sabia isso! No texto musical dos Genesis... conduz-nos a imagens e ideias que nos seduzem ou nos conduzem à abominação! Tal como os "YES" nos album 'Fragile', ou 'Tales From Topographic Oceans'.
A compreensão naquela altura de que a música podia levar à definição emocional de textos literários: é brilhante!, e foi mais tarde levada às universidades para servir políticos.
A cultura do marketing politico começou quando se compreendeu que o psicadelismo musical era vastamente influente no público em geral. Aí, transformou-se a Política em espectáculo, ao bom jeito de Caesar e Roma antiga: Pão, Circo e Sangue.
Como os padrões podem ser tão óbvios e repetitivos!
Ainda assim, o album «Thick as a Brick» dos Jethro Tull é dos fenómenos de música Pop mais fascinantes, porque erradicou definitivamente a fronteira entre a 'dita' música clássica das construções populares.
Para os mais novos que nunca tenham ouvido, o eMule tem o album disponível a 1 hora de download. Para os coleccionadores: comprem o album e paguem direitos de autor... convém! que os moços recebam os direitos pela sua propriedade intelectual.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O SILMARILLION

Muitas das pessoas fãs do "Senhor dos Anéis" - sobretudo porque viram em video - desconhece em completo a obra escrita de J.R.R. Tolkien. Mas a obra de Tolkien é bastante mais vasta que o "Senhor dos Anéis". Antes de escrever essa fabulosa saga, em três magníficos livros, Tolkien preparou todo o universo anterior com várias obras publicadas: o Hobbit, que é a sequência óbvia do "Senhor dos Anéis" - que foi considerado livro para crianças - e "O Silmarillion", que é um vasto tomo explicativo do mundo imaginário criado pelo autor.Para além dos "Contos Inacabados de Numenor", "Tom Bombadil", etc.
Por curiosidade, Tom Bombadil é das únicas personagens que não faz a sua aparição no filme "O Senhor dos Anéis" - uma das mais importantes, contudo, nos livros de Tolkien, porque era o homem mais antigo do mundo e ainda assim jovem. Muitissimo interessante.
O Silmarillion foi publicado quatro anos após a morte do autor, e trata de lendas imaginárias de um mundo imaginário que o escritor inventou, sobretudo baseado sobre os Celtas. Digamos que é um compêndio explicativo de toda a história porque a enquadra.
É absolutamente fabuloso que alguém possa ter criado um mundo de invenção com leis e ordem, mitos e crenças, convenções e excentricidades, um passado e um futuro e, sobretudo, um Bem e um Mal que correspondem a uma verdade mítica.
Para os admiradores de Tolkien é bom que leiam e desfrutem daquela admirável inteligência, talento e espirito de criatividade. Está nas edições Europa-America traduzido em português.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Ejaculação do Clero

A Conferência Episcopal Portuguesa esta semana ou entrou em crise de andropausa ou "passou-se" definitivamente.
Agora é com a "eutanásia". Primeiro os casamentos homossexuais, agora opinam sobre a morte assistida!
Esta gente pensará que a Inquisição ainda existe?
O Arcebispo Ratzinger de Munich (Papa Bento Não-Sei-Quantos) que passou anos sem fim nos arquivos da "Congregação para a Doutrina da Fé" (a finada Inquisição com nome mudado), e que lá conseguiu ser eleito Papa, resolveu dar ordens à matilha para construirem bunkers ideológicos contra os direitos populares, invadindo de forma inaceitável o voto público sobre opiniões e decisões sociais.
Ainda por cima sobre um assunto íntimo: o direito à morte aquando do sofrimento insuportável ou pura ineficácia física.
Esta estranha invasão da vida pública pela religião com pseudo-moralismos de ordem religiosa é absolutamente inaceitável.
O Estado democrático e republicano devia fazer sentir a esses senhores que ninguém lhes pediu a opinião, e que sobretudo não são desejadas.
Já bastou vermos o deprimente espectáculo na Itália de uma mulher há mais de 17 anos em estado vegetativo - sabe Deus o que a família pagou para a manter no coma - onde o Vaticano insistia em não desligar as máquinas que a mantinham como uma "coisa" - mesmo a pedido da família para terminar o seu sofrimento.
A Igreja Católica é uma coisa inacreditável. Mas inacreditável a nível literal desde o Concilio de Niceia em 325 d.C.

SÍMBOLOS outra vez

Já pensaram porque os Antigos denominaram constelações astrais por nomes tão sugestivos como Ursa Maior ou Menor, Libra, etc.?
São tão afastados da realidade efectiva que dificilmente podemos reconhecer algum dos símbolos denominados na geografia estelar quando observamos o astro.
Porque o fariam corresponder com mapas de nascimento e descrever personalidades afectadas desde o nascimento por essa tipologia? É vastamente ilógico e extraordinariamente improvável. Ainda assim, na sua maioria, no consenso geral, correspondem a padrões e delimitam comportamentos típicos.
Porque correspondem a maior parte das personalidades que nascem sob determinados símbolos fantasticamente idênticas?
E como foi desenhado esse mapa das estrelas com nomes desde a antiguidade? Onde viram os antigos, Ursas, Balanças, Leões?
No entanto, mesmo se não estão lá à vista desarmada foram representados pelos seus símbolos e correspondem a ensaios permaturos de personalidade à altura do seu nascimento.
É muitissimo curiosa esta pergunta - porque é apenas uma pergunta.