domingo, 4 de outubro de 2009

AS BRUMAS DE SÓCRATON

«i didn't do it»
(...)às perguntas feitas a Sócrates - a que este respondeu por escrito, depois de autorizado pelo Conselho de Estado - está a tese, repetida em todas as denúncias anónimas que originaram a investigação e nos testemunhos informalmente recolhidos pela Judiciária em 1997, de que o então secretário de Estado do Ambiente estaria por trás do favorecimento do grupo HLC e que teria recebido 750 mil euros por isso. (...)
E é atendendo aos indícios iniciais da investigação, e ao facto de Sócrates nunca ter sido investigado nos dez anos do inquérito - apesar de a PJ ter pedido buscas à sua residência, que foram recusadas pelo Ministério Público (MP) em 2003 -, que a sua indicação como testemunha neste processo acaba por ganhar especial relevância.
O facto torna-se tanto mais sensível quanto se sabe agora que Morais era professor de quatro das cinco cadeiras que deram a Sócrates o título de licenciado em Engenharia em 1996, o ano em que a ASM foi contratada para assessorar a AMCB. Significativo neste quadro é também a circunstância de o MP não ter descoberto, nem ter feito praticamente nada por isso, de quem partiu a ideia de convidar a ASM, uma desconhecida firma de Lisboa. (...)
Algumas das restantes perguntas não se relacionam directamente com o concurso, mas tornam-se melindrosas por questionarem a credibilidade de Sócrates quanto às suas relações com Morais. Sabendo-se que o primeiro-ministro tem afirmado que o conheceu quando ele foi seu professor em 1994, mas sendo público que ambos participaram na campanha de Mário Soares, em 1990, na Covilhã, e que Morais aderiu ao PS, no mês seguinte, na secção do então deputado, o tribunal quis esclarecer se ele o conhece, e à ex-mulher, e, se sim, quando e em que circunstâncias os conheceu. (...)

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