«Sou candidato», reafirma Isaltino Morais
Em conferência de imprensa, em Linda-a-Velha, o autarca de Oeiras explicou que interpôs recurso à sua condenação a sete anos de prisão e à perda de mandato «não por considerar excessiva a pena», mas por entender que o processo demonstra a sua inocência.
«Desafio-os a todos a ler o processo e o acórdão. Verão que digo a verdade», acrescentou.
«Quero reiterar a minha inocência e a minha firme recusa em ser usado como bode expiatório da classe política», acrescentou, considerando que a pena a que foi condenado foi decidida em função de «juízos valorativos».
«Sou candidato à Câmara Municipal de Oeiras», rematou, considerando que «à politica o que é politica e à justiça o que é da justiça».
Questionado sobre a possibilidade de interromper o seu mandato, o presidente da câmara de Oeiras afirmou «estar preparado para tudo». «Sobretudo para a declaração da minha inocência», frisou.
Isaltino Morais, que foi ministro das Cidades, Ordenamento do Teritório e Ambiente durante o governo presidido por Durão Barroso, foi condenado, no Tribunal de Sintra, a sete anos de prisão, ao pagamento de uma indemnização de 463 mil euros ao Fisco e perda de mandato, por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais.