O Divino Misterioso
"A designação Gnosticismo, deriva do Grego gnostikos (aquele que tem gnosis, ou 'conhecimento secreto'), é um termo académico moderno. A evidência do fenómeno Gnóstico, que foi encontrada nos Padres da Igreja que se opuseram aos ensinamentos Gnósticos (Iraneus, c. 185; Hippolytus, c. 230; Epiphanius, c. 375) e nos escritos dos próprios Gnósticos, revela uma diversidade em teologia, ética, e ritual que desafia uma classificação estrita. Mas, as seitas Gnósticas parecem ter partilhado um papel importante no poder redemptôr dos conhecimentos esotéricos, adquiridos não pela aprendizagem ou pela observação empírica, mas por revelação divina."
- Encyclopaedia Britannica
"Havia Gnósticos nas academias Greco-Romanas, os Platonistas (médios), antes do nascimento de Cristo (ie, Figulus, Eudorus of Alexandria, Thrasyllus). Esses são os Platonistas Pitagorizantes que (antes de Plotinus) mantinham que o Conhecimento podia ser aperfeiçoado quando comungado com o Divino, o Divino misterioso. Cícero fala de Figulus (45 a.C.), o espiritual, contemporâneo de Apollonio de Tyana, o fazedor de milagres e místico espiritualista, também um Pitagórico."
- Paul Trejo
"O principal dos ensinamentos declara que existe um ser superior ou poder que é invisível e não tem forma perceptível. Este poder é aquele que pode ser contactado pelo ser humano, e através do qual o homem se pode controlar a si mesmo e decidir o seu destino. Os diferentes pregadores religiosos através dos tempos, usando os seus credos de diversas formas, entravam em contacto com este poder, e todas as suas religiões contêm mais ou menos escondido um núcleo de iniciação. Este é o segredo que os Sabedores podem comunicar aos seus discípulos. Mas o segredo só pode ser adquirido exercítando a mente e o corpo até que o homem terrestre esteja tão refinado que se torne viável como veículo para o uso deste poder. Mais tarde, o iniciado identificar-se-á com o poder e, no final, atingirá o seu verdadeiro destino como personalidade purificada, infinitamente superior aos restantes humanos não iluminados."
- Arkon Daraul, Secret Societies
"Era como se os Platonistas Médios procurassem incorporar Misticismo na perfeita lógica de Platão. O Oriente ainda tinha uma grande influência nos velhos Romanos, tal como hoje tem nos jovens Californianos. A ideia principal é a inimizade entre a carne e o espirito, e a necessidade de um mediador entre eles."
- Paul Trejo
Os Aeons
"Quando a alma desce para ser gerada (da sua forma semi-divina) ela partilha o mal, e é levada por um longo caminho até um estado que é o oposto à sua inicial pureza e integridade, para ser apenas imersa em nada mais do que escuro lodo."
- Plotinus
"De maneira simples, os Gnósticos/Platonistas acreditavam que havia "O Bem" do qual saíam uma variedade de emanações (Aeons). Pelo seu lado os Aeons estavam dispostos de maneira sequencial, que era determinada pelo Conhecimento do Aeon; quanto mais sabiam mais altos ficavam colocados e mais perto de "O Bem". Cada uma destas entidades está consciente daqueles que ficam abaixo deles, mas é-lhes vedado o conhecimento de tudo o que fica acima deles. Servem como intermediários que temos que evitar (bypass) na nossa jornada até "O Bem". Como seres humanos, somos na verdade os filhos d'"O Bem" e fomos separados dele; foi-nos dado este corpo como punição, porque em essência somos espíritos. De forma a de novo nos reunirmos a'"O Bem", temos que obter o segredo da Gnosis, que nos permitirá evitar todos os Aeons e, sobretudo, o mais ignorante deles, o Demiurgo, que criou este mundo material e nos fez encarnar (fechou na carne = enfleshed us). Os Gnósticos acreditavam que o conhecimento secreto era transmitido por figuras salvadoras, que incluíam Seth, Enoch e Jesus."
- Maged S. Mikhail, The Gnostics, A Survey of Gnostic Beliefs and Gnostic-Christian Ties"
"Nos sistemas gnósticos estruturados, no início estava o incompreensível, invisível, eterno e ancestral não-gerado, Profundidade; Profundidade deu origem a um duplo fémea, Silêncio. Juntos produziram outro par de Aeons, que se foi multiplicando até catorze pares semelhantes, cada um deles com menos poder e memória que aquele anterior que o gerou. No nível mais baixo encontra-se Sabedoria e o criador Deus. A salvação consiste em voltar a subir a escada das emanações divinas e reunir-se com a Cabeçadivina."
- Robert W. Funk, Roy W. Hoover, and Jesus Seminar, The Five Gospels
A Tradição da escada (também reflectida na escada de Jacob no Antigo Testamento) remonta aos Pyramid Texts
(There is thus a converse in virtue of which the essential man outgrows Being, becomes identical with the transcendent of Being. The self thus lifted, we are in the likeness of the Supreme: if from that heightened self we pass still higher - image to archetype - we have won the Term of all our journeying. Fallen back again, we awaken the virtue within until we know ourselves all order once more; once more we are lightened of the burden and move by virtue towards Intellectual-Principle and through the Wisdom in That to the Supreme. This is the life of gods and of the godlike and blessed among men, liberation from the alien that besets us here, a life taking no pleasure in the things of earth, the passing of solitary to solitary.)
- Plotinus, Six Enneads
Caminhos da Salvação
A rejeição dos Gnósticos ao corpo físico, como um estado de ser degenerado, pode ser encontrado nos cultos dos mistérios Helénicos (particularmente nos Mistérios Orficos) mas também aparece nos Manuscritos do Mar Morto.
"Mas eu fui retirado do pó (e do barro) fui formado como uma fonte de porcaria e de obscena vergonha, um monte de pó amassado (com água...) na permanente escuridão."
- Thanksgiving Hymn IQH + 4Q427 Frag. 3 20:24-26a (atribuido Teacher of Righteousness)
Os Gnósticos "definiram três tipos de homens; o espiritual, o carnal e os do-meio (os 'Soulish'). Os espirituais, foi-lhes dito, seriam salvos não importa aquilo que fizessem, os carnais era assumido que estavam para além de qualquer salvação, e os do-meio, acreditava-se serem capazes de salvação se seguissem a maneira Gnóstica e agissem de acordo com as regras. Esta doutrina de 'alguns serem salvos não importa o que fizessem' levou muitos a viver vidas despreocupadas."
- Maged S. Mikhail, "The Gnostics, A Survey of Gnostic Beliefs and Gnostic-Christian Ties"
Mesmo "o mais perfeito de entre eles faz todas as coisas proibidas sem vergonha."
- Ireaneus, Against the Heresies, I. 15.4
Talimãs Mágicos
"Os Gnósticos eram uma sociedade fechada; dizia-se que usavam pedras com serpentes gravadas e outros símbolos como talismãs e prova de iniciação, e que empregavam senhas e apertos-de-mão secretos para se identificarem aos outros membros da seita."
- Ancient Wisdom and Secret Sects
"Pedras mágicas gravadas provinham provavelmente dos papiros oraculares Egípcios que foram evoluindo como uma espécie de substituição aos amuletos no Novo Reino. (As pedras inscritas eram normalmente gravadas com uma figura ou de um Deus grego tradicional ou de um deus egípcio Helenizado, tal como Isis ou Anubis, com uma pequena inscrição 'Preserva-me' ou 'Concretiza a minha licitação'.)
"As inscrições dessas pedras-gemas mágicas são quase todas em letras gregas, mas na maior parte das vezes são sílabas sem significado para impressionar o comprador pela estranheza do som. Um exemplo típico dessas fórmulas é: aththa, baththa, ibi, abi, selti, belti. Algumas vezes eram inscritas uma série de letras que liam igualmente de trás para diante como de diante para trás. Nalgumas vezes é mais importante o valor numérico do que o valor fonético. Quando a cada letra Grega é dado o seu valor numérico, o total de todas as letras fornece um número com significado mágico... Essas palavras não têm significado em Grego, mas a primeira linha (citando o exemplo da gema vermelha de jaspe) contém os rudimentos de uma palavra mágica conhecida de todos nós - abracadabra. esta palavra, acreditava-se, tinha poderes mágicos; as pedras com este nome inscrito eram denominadas de 'pedras abraxis'. A origem do nome é incerto, mas aparece pela primeira vez num poema do século segundo d.C."
- Bob Brier, Ancient Egyptian Magic
"Um nome era, de certa maneira, a totalidade do ser. Na verdade, esta é uma noção muito antiga que antecede a era Grega e que provém da religião dos Antigos Egípcios. Conhecendo um nome de um Aeon, não apenas dava à pessoa conhecimento sobre ele mas também poder sobre ele, de forma que o Aeon deixava de ser obstáculo na viagem de retorno das almas ao "O Bem".
- Maged S. Mikhail, The Gnostics, A Survey of Gnostic Beliefs and Gnostic-Christian Ties"
"Os Gnósticos possuiam muitas fórmulas parecidas com 'abracadabra', e tinham orgulho, acima de tudo, do seu conhecimento secreto dos nomes dos demónios. Só quando uma alma sabia esses nomes e podia dessa forma controlar os seus poderes, podia repetir toda a fórmula e mostrar o símbolo certo, e ungida (i.e., 'crismada') com o óleo sagrado, podia então encontrar o caminho para o sétimo céu, o reino da luz. Assim, a característica principal do Gnosticismo era a transmissão de um para outro, em segredo absoluto, das doutrinas do ser, a sua natureza, nomes, e símbolos dos sete demónios ou Anjos, que lhes poderiam barrar o caminho para atingir o último objectivo."
- John Allegro, The Secret Mushroom and the Cross
Raízes Filosóficas
"O Primeiro Gnóstico sobre o qual alguma coisa pode ser dita, com alguma confiança, foi Simão o Mago, um professor Judeu heterodoxo que apresentou o primeiro conceito Gnóstico de que o Mal tinha resultado de uma fractura dentro da Cabeçadivina. Mas a gnosis de Simão continuou essencialmente Judía e monoteísta, tal como os círculos gnósticos a que alude as últimas partes do Novo Testamento.
A fase dualística foi atingida depois da expansão do Gnosticismo ao mundo Helénico sob a influência da filosofia Platónica, à qual se pediu de empréstimo a doutrina do baixo demiurgo, responsável pela criação deste mundo. Estes ensinamentos são encontrados no Apocryphon de João (início do 2º século) e noutros documentos de gnosis popular descobertos perto de Naj Hammadi, no Egipto superior, em 1940, e em Pistis Sophia, trabalho Gnóstico do 3º século, em Cpta, pertencente á mesma escola.
Naj Hammadi, também conhecida Nag Hammadi, é uma cidade em Qina muhafazah, na margem ocidental do Nilo, no Alto Egipto. Aí, em 1945, foram descobertos os papiros de Nag Hammadi, uma colecção de 13 códices de escrituras gnósticas e comentários escritos no 2º e 3º século.
Entre estes, o Codex de Jung (denominado em honra do psicoanalista Carl Jung) inclui cinco importantes items: uma Oração do Apóstolo Paulo; um Apocryphon de James, relatando revelações comunicadas do Cristo subido aos céus aos seus apóstolos; o Evangelho da Verdade, talvez para ser identificado ao trabalho do mesmo nome atribuído a Irenaeus a Valentinus; a Epístola a Rheginos, um trabalho Valentiniano, possivelmente da mão de Valentinus, sobre a Ressurreição, e um tratado Tripartido, provavelmente escrito por Heracleon, da escola de Valentianismo. os outros documentos de Naj Hammadi incluem o Evangelho de Tomás, colecção de ditos e parábolas atribuídas a Jesus; o Apocryphon de João, que representa o primeiro capítulo de Genesis em termos mitológicos; e escritos atribuidos a Philip, Maria Madalena, Adam, Pedro e Paulo."
- Encyclopaedia Britannica
"A designação Gnosticismo, deriva do Grego gnostikos (aquele que tem gnosis, ou 'conhecimento secreto'), é um termo académico moderno. A evidência do fenómeno Gnóstico, que foi encontrada nos Padres da Igreja que se opuseram aos ensinamentos Gnósticos (Iraneus, c. 185; Hippolytus, c. 230; Epiphanius, c. 375) e nos escritos dos próprios Gnósticos, revela uma diversidade em teologia, ética, e ritual que desafia uma classificação estrita. Mas, as seitas Gnósticas parecem ter partilhado um papel importante no poder redemptôr dos conhecimentos esotéricos, adquiridos não pela aprendizagem ou pela observação empírica, mas por revelação divina."
- Encyclopaedia Britannica
"Havia Gnósticos nas academias Greco-Romanas, os Platonistas (médios), antes do nascimento de Cristo (ie, Figulus, Eudorus of Alexandria, Thrasyllus). Esses são os Platonistas Pitagorizantes que (antes de Plotinus) mantinham que o Conhecimento podia ser aperfeiçoado quando comungado com o Divino, o Divino misterioso. Cícero fala de Figulus (45 a.C.), o espiritual, contemporâneo de Apollonio de Tyana, o fazedor de milagres e místico espiritualista, também um Pitagórico."
- Paul Trejo
"O principal dos ensinamentos declara que existe um ser superior ou poder que é invisível e não tem forma perceptível. Este poder é aquele que pode ser contactado pelo ser humano, e através do qual o homem se pode controlar a si mesmo e decidir o seu destino. Os diferentes pregadores religiosos através dos tempos, usando os seus credos de diversas formas, entravam em contacto com este poder, e todas as suas religiões contêm mais ou menos escondido um núcleo de iniciação. Este é o segredo que os Sabedores podem comunicar aos seus discípulos. Mas o segredo só pode ser adquirido exercítando a mente e o corpo até que o homem terrestre esteja tão refinado que se torne viável como veículo para o uso deste poder. Mais tarde, o iniciado identificar-se-á com o poder e, no final, atingirá o seu verdadeiro destino como personalidade purificada, infinitamente superior aos restantes humanos não iluminados."
- Arkon Daraul, Secret Societies
"Era como se os Platonistas Médios procurassem incorporar Misticismo na perfeita lógica de Platão. O Oriente ainda tinha uma grande influência nos velhos Romanos, tal como hoje tem nos jovens Californianos. A ideia principal é a inimizade entre a carne e o espirito, e a necessidade de um mediador entre eles."
- Paul Trejo
Os Aeons
"Quando a alma desce para ser gerada (da sua forma semi-divina) ela partilha o mal, e é levada por um longo caminho até um estado que é o oposto à sua inicial pureza e integridade, para ser apenas imersa em nada mais do que escuro lodo."
- Plotinus
"De maneira simples, os Gnósticos/Platonistas acreditavam que havia "O Bem" do qual saíam uma variedade de emanações (Aeons). Pelo seu lado os Aeons estavam dispostos de maneira sequencial, que era determinada pelo Conhecimento do Aeon; quanto mais sabiam mais altos ficavam colocados e mais perto de "O Bem". Cada uma destas entidades está consciente daqueles que ficam abaixo deles, mas é-lhes vedado o conhecimento de tudo o que fica acima deles. Servem como intermediários que temos que evitar (bypass) na nossa jornada até "O Bem". Como seres humanos, somos na verdade os filhos d'"O Bem" e fomos separados dele; foi-nos dado este corpo como punição, porque em essência somos espíritos. De forma a de novo nos reunirmos a'"O Bem", temos que obter o segredo da Gnosis, que nos permitirá evitar todos os Aeons e, sobretudo, o mais ignorante deles, o Demiurgo, que criou este mundo material e nos fez encarnar (fechou na carne = enfleshed us). Os Gnósticos acreditavam que o conhecimento secreto era transmitido por figuras salvadoras, que incluíam Seth, Enoch e Jesus."
- Maged S. Mikhail, The Gnostics, A Survey of Gnostic Beliefs and Gnostic-Christian Ties"
"Nos sistemas gnósticos estruturados, no início estava o incompreensível, invisível, eterno e ancestral não-gerado, Profundidade; Profundidade deu origem a um duplo fémea, Silêncio. Juntos produziram outro par de Aeons, que se foi multiplicando até catorze pares semelhantes, cada um deles com menos poder e memória que aquele anterior que o gerou. No nível mais baixo encontra-se Sabedoria e o criador Deus. A salvação consiste em voltar a subir a escada das emanações divinas e reunir-se com a Cabeçadivina."
- Robert W. Funk, Roy W. Hoover, and Jesus Seminar, The Five Gospels
A Tradição da escada (também reflectida na escada de Jacob no Antigo Testamento) remonta aos Pyramid Texts
(There is thus a converse in virtue of which the essential man outgrows Being, becomes identical with the transcendent of Being. The self thus lifted, we are in the likeness of the Supreme: if from that heightened self we pass still higher - image to archetype - we have won the Term of all our journeying. Fallen back again, we awaken the virtue within until we know ourselves all order once more; once more we are lightened of the burden and move by virtue towards Intellectual-Principle and through the Wisdom in That to the Supreme. This is the life of gods and of the godlike and blessed among men, liberation from the alien that besets us here, a life taking no pleasure in the things of earth, the passing of solitary to solitary.)
- Plotinus, Six Enneads
Caminhos da Salvação
A rejeição dos Gnósticos ao corpo físico, como um estado de ser degenerado, pode ser encontrado nos cultos dos mistérios Helénicos (particularmente nos Mistérios Orficos) mas também aparece nos Manuscritos do Mar Morto.
"Mas eu fui retirado do pó (e do barro) fui formado como uma fonte de porcaria e de obscena vergonha, um monte de pó amassado (com água...) na permanente escuridão."
- Thanksgiving Hymn IQH + 4Q427 Frag. 3 20:24-26a (atribuido Teacher of Righteousness)
Os Gnósticos "definiram três tipos de homens; o espiritual, o carnal e os do-meio (os 'Soulish'). Os espirituais, foi-lhes dito, seriam salvos não importa aquilo que fizessem, os carnais era assumido que estavam para além de qualquer salvação, e os do-meio, acreditava-se serem capazes de salvação se seguissem a maneira Gnóstica e agissem de acordo com as regras. Esta doutrina de 'alguns serem salvos não importa o que fizessem' levou muitos a viver vidas despreocupadas."
- Maged S. Mikhail, "The Gnostics, A Survey of Gnostic Beliefs and Gnostic-Christian Ties"
Mesmo "o mais perfeito de entre eles faz todas as coisas proibidas sem vergonha."
- Ireaneus, Against the Heresies, I. 15.4
Talimãs Mágicos
"Os Gnósticos eram uma sociedade fechada; dizia-se que usavam pedras com serpentes gravadas e outros símbolos como talismãs e prova de iniciação, e que empregavam senhas e apertos-de-mão secretos para se identificarem aos outros membros da seita."
- Ancient Wisdom and Secret Sects
"Pedras mágicas gravadas provinham provavelmente dos papiros oraculares Egípcios que foram evoluindo como uma espécie de substituição aos amuletos no Novo Reino. (As pedras inscritas eram normalmente gravadas com uma figura ou de um Deus grego tradicional ou de um deus egípcio Helenizado, tal como Isis ou Anubis, com uma pequena inscrição 'Preserva-me' ou 'Concretiza a minha licitação'.)
"As inscrições dessas pedras-gemas mágicas são quase todas em letras gregas, mas na maior parte das vezes são sílabas sem significado para impressionar o comprador pela estranheza do som. Um exemplo típico dessas fórmulas é: aththa, baththa, ibi, abi, selti, belti. Algumas vezes eram inscritas uma série de letras que liam igualmente de trás para diante como de diante para trás. Nalgumas vezes é mais importante o valor numérico do que o valor fonético. Quando a cada letra Grega é dado o seu valor numérico, o total de todas as letras fornece um número com significado mágico... Essas palavras não têm significado em Grego, mas a primeira linha (citando o exemplo da gema vermelha de jaspe) contém os rudimentos de uma palavra mágica conhecida de todos nós - abracadabra. esta palavra, acreditava-se, tinha poderes mágicos; as pedras com este nome inscrito eram denominadas de 'pedras abraxis'. A origem do nome é incerto, mas aparece pela primeira vez num poema do século segundo d.C."
- Bob Brier, Ancient Egyptian Magic
"Um nome era, de certa maneira, a totalidade do ser. Na verdade, esta é uma noção muito antiga que antecede a era Grega e que provém da religião dos Antigos Egípcios. Conhecendo um nome de um Aeon, não apenas dava à pessoa conhecimento sobre ele mas também poder sobre ele, de forma que o Aeon deixava de ser obstáculo na viagem de retorno das almas ao "O Bem".
- Maged S. Mikhail, The Gnostics, A Survey of Gnostic Beliefs and Gnostic-Christian Ties"
"Os Gnósticos possuiam muitas fórmulas parecidas com 'abracadabra', e tinham orgulho, acima de tudo, do seu conhecimento secreto dos nomes dos demónios. Só quando uma alma sabia esses nomes e podia dessa forma controlar os seus poderes, podia repetir toda a fórmula e mostrar o símbolo certo, e ungida (i.e., 'crismada') com o óleo sagrado, podia então encontrar o caminho para o sétimo céu, o reino da luz. Assim, a característica principal do Gnosticismo era a transmissão de um para outro, em segredo absoluto, das doutrinas do ser, a sua natureza, nomes, e símbolos dos sete demónios ou Anjos, que lhes poderiam barrar o caminho para atingir o último objectivo."
- John Allegro, The Secret Mushroom and the Cross
Raízes Filosóficas
"O Primeiro Gnóstico sobre o qual alguma coisa pode ser dita, com alguma confiança, foi Simão o Mago, um professor Judeu heterodoxo que apresentou o primeiro conceito Gnóstico de que o Mal tinha resultado de uma fractura dentro da Cabeçadivina. Mas a gnosis de Simão continuou essencialmente Judía e monoteísta, tal como os círculos gnósticos a que alude as últimas partes do Novo Testamento.
A fase dualística foi atingida depois da expansão do Gnosticismo ao mundo Helénico sob a influência da filosofia Platónica, à qual se pediu de empréstimo a doutrina do baixo demiurgo, responsável pela criação deste mundo. Estes ensinamentos são encontrados no Apocryphon de João (início do 2º século) e noutros documentos de gnosis popular descobertos perto de Naj Hammadi, no Egipto superior, em 1940, e em Pistis Sophia, trabalho Gnóstico do 3º século, em Cpta, pertencente á mesma escola.
Naj Hammadi, também conhecida Nag Hammadi, é uma cidade em Qina muhafazah, na margem ocidental do Nilo, no Alto Egipto. Aí, em 1945, foram descobertos os papiros de Nag Hammadi, uma colecção de 13 códices de escrituras gnósticas e comentários escritos no 2º e 3º século.
Entre estes, o Codex de Jung (denominado em honra do psicoanalista Carl Jung) inclui cinco importantes items: uma Oração do Apóstolo Paulo; um Apocryphon de James, relatando revelações comunicadas do Cristo subido aos céus aos seus apóstolos; o Evangelho da Verdade, talvez para ser identificado ao trabalho do mesmo nome atribuído a Irenaeus a Valentinus; a Epístola a Rheginos, um trabalho Valentiniano, possivelmente da mão de Valentinus, sobre a Ressurreição, e um tratado Tripartido, provavelmente escrito por Heracleon, da escola de Valentianismo. os outros documentos de Naj Hammadi incluem o Evangelho de Tomás, colecção de ditos e parábolas atribuídas a Jesus; o Apocryphon de João, que representa o primeiro capítulo de Genesis em termos mitológicos; e escritos atribuidos a Philip, Maria Madalena, Adam, Pedro e Paulo."
- Encyclopaedia Britannica