segunda-feira, 13 de abril de 2009

O CRISTO CÓSMICO

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A todos os inúmeros amigos meus, dos vários continentes, que me conectaram esperando que durante a Páscoa eu fizesse alguma espécie de execração ao catolicismo, só posso responder que estão absolutamente enganados.
Eu não estou em guerra com o catolicismo, e em certas alturas, até lhe presto reverência. Não fôra o Catolicismo uma das fórmulas sociais de retirar o Homem da barbárie e conduzi-lo à função de paz social que hoje existe. A «política» sempre se constituiu em «guerras» de poder, e apenas a religião por questões intrínsecas ao ser humano, serenaram a convivência pacífica. Portanto a instituição religiosa - ainda que perigosa e perniciosa - é melhor que a sua ausência.
Eu tive sempre um grave silêncio sobre a «Páscoa». É um tema que respeito. É um tabú mistico também.
«A Cruz dos 8 Raios». A Conjugação astral de confluência astrológica.
Se Jesus sofreu a dita «Paixão» ou não, isso é-me indiferente. Até porque a maioria dos místicos do passado tinham a sua condição de visionários e também de torcionários.
Mas não me é indiferente o Cristo Cósmico. O 'Cristo Cósmico' é uma filosofia com mais de 5 mil anos em diversos continentes, desde a Ásia à Ibéria. O importante é que tenha subsistido no nosso coração essa grande LUZ, que é a placidez e o amor pelos outros.
Eu respeito a Páscoa, não pela palafernália do Papa em Roma, e as suas encenações de Poder, patéticas e intimidatórias, só semelhantes ao fenómeno Stalinista, ou ao reinado francês du «Roi Soleil», Louis de Bourbon « L'État c'est moi» em Versailles - filho de duas casas reais muito complicadas: os Habsburg e os Medici - à figura de alguém que não pode ser «discutido» porque tem a condição de INFALÍVEL, a nível filosófico e dialéctico.
Eu apenas respeito a Páscoa pelo «Cristo Cósmico» e o sentido do Amor Universal. E isso não é discutível sequer a nível filosófico. «A Paixão do Cristo» não é um acto compreensível! Ponto final.
Ninguém tem historicamente a verdade de coisa nenhuma. Se Jesus foi de facto um místico ou um bandoleiro aprisionado pelos Romanos impiedosos e brutais e condenado a morrer numa cruz - como todos eram chacinados na altura. O único universo literário credível é o Evangelho de Mateus - o único considerado pelos académicos como credível, todos os outros são passíveis de terem sido inventados pelo Concílio de Niceia em 325 d.C., quando se deu a «reescritura da Biblia» e foi construído o Novo Testamento.
A dramatização da História de Jesus é vastamente improvável e levada a cabo por uma encenação impecável pelo Vaticano para estabelecer o seu Poder.
Mas «O Cristo» é algo diferente. É um fenómeno místico que actualmente nos ultrapassada há 5.000 anos, e continua nas nossas almas em diferentes crenças e religiões, desde a Índia ao Egipto, passando por toda a Europa.
Se Jesus foi Essénio e representou a filosofia cabalística judaica, é muitissimo improvável. Mas, como todos sabemos, os judeus são uma corporação muito eficiente.
Os estudos sobre os «Manuscriptos do Mar-Morto» não conduzem a coisa nenhuma, a não ser que consideremos em primeiro lugar que Jesus era «O Cristo».
Só há duas questões a considerar sobre Jesus Cristo: era um visionário 'paramágico' ou a versão Apolónio de Tiana, um seu contemporâneo e mágico muitoreconhecido, cuja filosofia coincide em absoluto.
O Evangelho de Mateus - o único considerado pelos académicos como verdadeiro (porque todos os outros parece terem sido absolutamente inventados em Niceia, 325 d.C.) - diz que Jesus de facto existiu, foi um místico reconhecido, fez coisas fabulosas chamadas de milagres, e acabou morto na cruz, como se matavam dantes os bandoleiros que enfrentavam o Poder de Roma.
O dito Cristo Cósmico é um mito que vem do antigo Egipto, 5.000, antes da nossa Era, e cujos mitos da mãe virgem que dá à luz um filho sobrenatural é comum também à India 2.000 anos depois, e finalmente à história de Jesus. Para quem estudou a história de religião, é um mito que se repete ciclicamente de mais ou menos dois mil em dois mil anos.
No entanto esse dito MITO está-nos intrínseco na nossa alma. E porquê, perguntam os psicólogos.
Os psicólogos, na sua abordagem do comportamento humano, excluem o misticismo porque não é adequado na explicação exdrúxula do comportamento humano. Apenas JUNG o fez sobre a sua teoria do inconsciente colectivo, e de forma brilhante.
A filosofia oriental, tal como Jung, determinava que a compreensão do Cristo Cósmico era uma «evolução do espirito humano» só perceptível pela «não dúvida» - o que em termos místicos se chama de .
Há um conceito vastamente instalado de que a «idiotia da crença» é um fenómeno perigoso. Eu estou absolutamente de acordo desde que não coincida com a alma de cada um de nós. Aliás, ninguém pode assumir uma crença se não estiver absoluta e intrinsecamente crédulo acerca dela: seja essa creça política ou religiosa.
Os fenómenos de percepção psicológica que tornam intelectuais os nossos comportamentos, e depois viáveis a níveis de actividade motora, só são apreensíveis depois do acto. As nossas atitudes são determinações de um crédito que damos a nós mesmo. Mas é muito difícil vigiarmo-nos a nós mesmo quando estamos imbuídos de uma atenção intensiva que designa a consecução de um acto.
Agir, é um acto de decisão final, portanto, de fusão entre o mental e o activo: a força anímica do mental e a decisão física. Em místicismo chama-se de «credo». Em psicologia aplicada chama-se de «dinâmica inter-activa».
Nada se passa na nossa vida sem que tenhamos uma decisão sobre um determinado assunto. Ele é muito discutido no nosso interior mesmo quando não sabemos que ele está sendo discutido. Pesamos todas as hipóteses, todas as questões, todas as contrariedades, e finalmente - muitas vezes de súbito - ele conclui-se: e actuamos!
Esse acto é o mesmo que de um jogador de Golf, por exemplo faz, quando olha o buraco a 100 metros, considera o vento, o terreno, a velocidade da pancada na bola, etc. Não há absolutamente nada de consciente na «tacada» da bola de Golf. Faz-se em alguns segundos. É o inconsciente que determinou todas as execuções matemáticas e o executa.
Esta explicação um pouco exdrúxula do tema de misticismo tentava encaminhar a vossa mente para a compreensão de que o Cristo Cósmico não é uma contrução obsoleta do nosso espirito vagabundo. É sobretudo uma necessidade intrínseca do ser humano de respeitar leis que construiram a nossa civilidade e a nossa convivência pacífica - tanto quanto podemos torná-la pacífica!
Reparem um pouco... tornámos os lobos nos nossos melhores amigos, como cães! As andorinhas já vivem nos nossos beirais como companheiros. Falamos com golfinhos e tratamo-los com amor e carinho, e brincamos com eles em vez de os comermos, como dantes o fazíamos.
A «Lei da Cruz dos 8 Raios» é real.
Para quem me entender, referece-se a Ophiuchus, Serpens Caput e Serpens Cauda, o 13º signo do Zodíaco, entre Sagitário e Escorpião, abandonado há 3000 anos porque estava fora da eliptica, e cuja estrela só brilha em intervalos irregulares.