sexta-feira, 3 de abril de 2009

"amar, a quintessência da alma"


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respirar a essência do sentir

e falar das sensações

do enlace que não sabe o toque das mãos

neste momento em que guardo das palavras

os segredos do indizível

de que jeito dizer no verso

sobre o aconchego do ninho

sem a força do abraço

ainda assim vens

com o requinte do imponderável

como um botão que desabrocha

dissonante da flor que o acompanha

é tanto o encanto que sorrio

apequeno-me na glória de te pertencer

e assim ínfima recosto-me

neste peito que sabe

as coisas bonitas do imaginário

és perene e me permaneces

e destes absurdos que só os poetas dizem

digo-te és para sempre

nesta quintessência de infinitos

eu te perduro numa forma universal

onde o corpo é o intangível

afinal é na alma que te tenho

assim como o som da criação

riscas-me em traço célere

na unidade da emoção

o apelo que aquece as formas do íntimo

é este calor que me molda

é neste ser que arde em essência

que me transformas

fazes-me sentir viva e feliz

pois és todo o céu

que preciso haver em mim

é na paz do firmamento

é unindo as estrelas

que ainda soletro o teu nome

 

© Clivânia Teixeira

(da minha querida amiga no Brasil)