sábado, 14 de fevereiro de 2009

Amizade é útil


A amizade é algo esquecida nos tempos que percorrem este planeta sublunar.
Tornou-se uma troca de favores, ou de prazeres, ou um concerto (ou conserto) de intenções dúbias e subterrâneas que não são fáceis à natural efectividade de sensibilidades.
Reflecti sobre este fenómeno da natureza humana profundamente.
Como todos os meus amigos sabem não tenho a menor simpatia pelos católicos, portanto isso poderia parecer não consensual por criar uma filosofia contraproducente daquilo que é "dito por eles": prática do amor interactivo. Eu sou pro a prática dessa mesma filosofia, tanto como fenómeno psicológico, como ecológico. É positivo.
Aliás a religião nunca foi senão um impedimento para o racional, tal como o Cartesianismo nos evitou a criativade do fantástico, que é porventura a construção do nosso actual universo de catástrofe.
O Homem não pode afastar-se do seu lado mágico. Esse fenómeno pode conduzir-nos á 'technicality' que nada explica senão fenómenos físicos mesuráveis. Mas nós não somos fenómenos mesuráveis! Ainda não, pelo menos, por mais que os psicologos e sociologos expliquem com extrema dificuldade técnica.
Marx disse um dia que o "Capitalismo é autofágico" (a tradução é minha) e estamos a observar o fenómeno debaixo dos nossos olhos. A sociedade como a entendiamos está a desmoronar-se!
Chegámos a um ponto social em que todos (gente de bem) devería dar as mãos e contribuir para o nosso convívio e partilha do planeta de forma gentil.
Creio que a gentileza deixou de existir e chegou-se à discussão das tecnicalidades - como dividir.
O mal de tudo isso é que muitos pura e simplesmente não dividem e acumulam. Como a retenção da gordura. Por mais que faças para emagrecer, apenas engordas! Ginástica, maratonas, tudo.... comes um pão, engordas um kilo.
Mas acumulam para quê?
A super-produção mundial que nos criou este enorme problema (que todos sabíamos há décadas que iria desencadear aqui) primeiro pela fruição do consumo, e em segundo lugar pela falta de consumidores pelo declínio de poder de compra.
Se se fizer "elitização" produtiva de qualidade - como todos os países europeus estão a designar - cria-se ainda uma crise bastante mais fantástica. Só os ricos comprarão!
Isto está devotado a uma inesperada grande convulsão social. Eu não arrisco a dizer, mas nos tempos que aí vem.............. esperem o inesperado.