Maria José Botelho para além de ser uma excelente poetisa tem um gosto - comum aos poetas - algo extraordinário e de muito dificil abordagem. Eu gosto.
Como se analiza um artista? É uma curiosa pergunta! Pela sua técnica e patine de tela, pela sua dissonância tímbrica, ou pela sua requisição contínua de citações literárias?
Um artista é apenas aquilo que representa, quanto a mim. Ideias transmitidas. Quando conseguimos passar uma emoção aos outros estamos fazendo arte. Não estamos exactamente a educar - isso é um assunto que tem outro aspecto. Educação e arte levar-nos-ía a textos muito complexos que actualmente ninguém quer ler.
Segundo Umberto Eco os textos explanativos de imediatismo - o consumo do actual - devem ser curtos, com uma redução discursiva e objectivada. Ainda estou para perceber porque é que ele escreveu aquele calhamaço "Apocalipticos e Integrados". Do seu ponto de vista ninguèm iria lê-lo. Ainda assim, eu fiz esse devastado esforço. Aliás, o minimalismo constrói-se à face da imagem. As palavras não concorrem com a imagem, como todos sabemos.
Nós, como intelectuais, como poderíamos contratualizar esta faceta estranha do imediatismo?
Rolland Barthes afirmava que a visão era a primeira imagem intelectual que se absorvia e que podia influenciar a primeira instância do acto.
Allan Watts, o traductor de «Budismo Zen» para o Ocidente, falava do "acto puro". O que quer isso dizer? A acção não programada. Mas isso é a intenção, ou a liberdade de acção não solicitada? Um capricho?
Em psicologia aplicada isso pode constituir distúrbio psiquiátrico - contudo um acto de liberdade.
Como se analiza um artista? É uma curiosa pergunta! Pela sua técnica e patine de tela, pela sua dissonância tímbrica, ou pela sua requisição contínua de citações literárias?
Um artista é apenas aquilo que representa, quanto a mim. Ideias transmitidas. Quando conseguimos passar uma emoção aos outros estamos fazendo arte. Não estamos exactamente a educar - isso é um assunto que tem outro aspecto. Educação e arte levar-nos-ía a textos muito complexos que actualmente ninguém quer ler.
Segundo Umberto Eco os textos explanativos de imediatismo - o consumo do actual - devem ser curtos, com uma redução discursiva e objectivada. Ainda estou para perceber porque é que ele escreveu aquele calhamaço "Apocalipticos e Integrados". Do seu ponto de vista ninguèm iria lê-lo. Ainda assim, eu fiz esse devastado esforço. Aliás, o minimalismo constrói-se à face da imagem. As palavras não concorrem com a imagem, como todos sabemos.
Nós, como intelectuais, como poderíamos contratualizar esta faceta estranha do imediatismo?
Rolland Barthes afirmava que a visão era a primeira imagem intelectual que se absorvia e que podia influenciar a primeira instância do acto.
Allan Watts, o traductor de «Budismo Zen» para o Ocidente, falava do "acto puro". O que quer isso dizer? A acção não programada. Mas isso é a intenção, ou a liberdade de acção não solicitada? Um capricho?
Em psicologia aplicada isso pode constituir distúrbio psiquiátrico - contudo um acto de liberdade.