Eu sou um admirador do trabalho de Agatha Christie cuja obra li por inúmeras vezes. Muito embora alguns dos seus complicados complots sejam mais tradicionais, ou visionáveis a nível cinéfilo, como "Morte no Nilo", o "Espelho Quebrado" ou o "O Assassinato de Roger Ackroyd" e o mais incrível e macabro "Os Dez pequenos Negros" (que é diabólico), o mais completo complot quanto a mim é "A Terceira Inquilina".
Não resulta muito bem em cinema nem com o fabuloso David Suchet como actor principal, porque a intriga é tão densa que não cabe no filme. Sinceramente, se não tivesse lido o livro não entendia metade do que se passa naquela produção da BBC, que usualmente é muito cuidadosa.
A intriga trata de demonstrar a alguém que está ficando louco pela substituição de coisas comuns para herdar uma herança. Claro que a substituição é sistemática e começa por eliminar indícios do passado para que os novos actores possam substituir a imagem do presente. Digamos que seria aquilo que constituiriamos intelectualmente como "uma lavagem de cérebro à britânica".
Mas o objecto do escritor e constructor de todo o complot é sempre demonstrar intelectualmente e praticamente que quem produziu todas as tramas e urdiduras para confundir a opinião, ou os sentimentos, será decifrado e levado ao escandalo e à punição.
Por mais complicados que sejam as tramas de Agatha Christie têm um final, e vamos para a cama confortavelmente sabendo que a justiça existe.
Porque não acontece isso no meu país?
Não resulta muito bem em cinema nem com o fabuloso David Suchet como actor principal, porque a intriga é tão densa que não cabe no filme. Sinceramente, se não tivesse lido o livro não entendia metade do que se passa naquela produção da BBC, que usualmente é muito cuidadosa.
A intriga trata de demonstrar a alguém que está ficando louco pela substituição de coisas comuns para herdar uma herança. Claro que a substituição é sistemática e começa por eliminar indícios do passado para que os novos actores possam substituir a imagem do presente. Digamos que seria aquilo que constituiriamos intelectualmente como "uma lavagem de cérebro à britânica".
Mas o objecto do escritor e constructor de todo o complot é sempre demonstrar intelectualmente e praticamente que quem produziu todas as tramas e urdiduras para confundir a opinião, ou os sentimentos, será decifrado e levado ao escandalo e à punição.
Por mais complicados que sejam as tramas de Agatha Christie têm um final, e vamos para a cama confortavelmente sabendo que a justiça existe.
Porque não acontece isso no meu país?