A «Gaia Ciência», entre os poetas Provençais, era não só a arte poética, mas também o código de amor cortês. Fazendo um floreado "jogo de palavras" com a designação que James Lovelock atribui ao planeta Terra «Gaia», obtemos uma ideia romanesca de uma ciência de comportamento dos seres humanos para com o telurismo sábio da mãe Terra.
Não pensem que é despropositado; o Homem tem que aprender a Arte de se integrar no universo em que vive, quer ele queira ou não, e não a subversão do mundo numa predação contínua.
Esta ideia só nos é estranha porque estamos habituados a nos considerarmos «Os Reis da Criação» e que este mundo não é mais que uma vasta savana para nosso deleite ocioso.
Os biólogos e cientistas já não olham a Terra como um «calhau» inerte e errante no espaço, desprovida de sentido e objectividade, mero acaso da vida intergaláctica, devido à conjunção ocasional de fortuitas reacções bioquímicas. Consideram-na um «Ser Vivo», pulsante e inteligente, dotado de inter-acções tão complexas quanto as do cérebro humano.
Vão mais longe, propõem uma síntese das diversas ciências, que dantes consideravam separadamente o estudo do Planeta: Geologia, Geoquímica, Climatologia e Biologia Evolutiva. Chamam a esta perspectiva científica actualmente actualmente de «Geofisiologia».
Uma visão totalmente «quântica» da convencional visão científica, transformando o olhar macrocósmico do universo e algo abstracto, numa relação intima de cada ser humano com a parte do mundo que habita: o observador e o observado - a relação da experiência de amor entre ambos.
Fritjiof Capra, no seu magnífico livro, «O Tao da Fisica», mostra-nos as conotações existentes entre as descobertas mais recentes da física sub-nuclear, e a teoria das partículas, e a filosofia oriental. O «experimentador/expeimentado» comprovado em laboratório. Fritjiof Capra não é uma pessoa qualquer, é um pesquisador, Físico teórico (Ph.D.) Austríaco, além de escritor.
Afirma que o experimentador afecta o experimentado de uma maneira evidente. Como diz um poeta da actualidade « Estamos à beira de comprovar a fórmula química de Deus».
Rémy Chauvin, Prof. na Sorbonne, autor polémico de «Certaines Choses Que Je Ne M'Explique Pas», além de inúmeros trabalhos científicos, tem fama entre os seus congéneres de abordar temas «malditos» para a comunidade científica - ou melhor, assuntos inexplicáveis cientificamente. O grande medo da comunidade científica sempre foi que os seus alicerces baseados num Cartesianismo primário fossem postos em questões.
Por exemplo, os Russos, nunca tiveram medo da Parapsicologia, aliás, foram os seus maiores pesquisadores para além dos americanos.
O estudo da própria ciência vai muito mais longe a partir do estudo da sociedade das abelhas e das formigas, da análise das harmonias do canto das aves e do ciclo de vida dos vermes parasitários. Descobriu uma característica evolutiva que os Darwinistas refutam, por contradizer a sua teoria,«A COMPLEXIDADE».
Rémy Chauvin, nãso sendo de forma nenhuma um Creacionista, afirma que a Netureza se diverte «a complicar». Desta "complicação" Chauvin apreende sinais de um súbtil Engenheiro que dirige a evolução segundo um projecto preciso, cujo âmago está ainda por desvendar.
Mesmo Stebbins -- um Darwinista convicto -- declara «Se as ascensões para uma maior complexidade foram raras na evolução, as descidas para uma maior simplicidade foram ainda mais raras. Resultado: um aumento de complexidade.»
Deste ponto de vista a Ecologia poderá vir a ser a única ciência do futuro ou, a Religião da modernidade: a integração do Ser Humano com o Planeta!
Edgar Morin afirmava que «o Ser Humano é o único animal dotado de desrazão», porque toda estética e eticamente toda a fauna e flora obedece às leis gerais da sobrevivência e adaptação e apenas o homem se excluiu orgulhosamente desta saudável cooperação.
O grande cientista James Lovelock diz: «Gaia é forte e dura, mantendo o mundo em condições para aqueles que obedecem às leis, mas que se mostra impiedosa quando destrói os transgressores. O seu objectivo é manter o planeta em condições de vida. Se os seres humanos se intrometerem no seu caminho, serão eliminados impiedosamente.»