"Sonha com uma terra, logo a adquire. Com as próprias mãos planta a vinha Lamça a mão à roca, Os dedos tomam o fuso... Tece os lençóis de linho que vende Ao mercador... Estende as mãos ao pobre Levanta os braços ao indigente... Nela é a força e a dignidade E sorri ao dia que há-de vir"
(citado por Phillipe Ariès)
«Apolo intercede junto das Parcas para conseguir que o rei Admeto escape à morte a que se acha condenado. A proposta é aceite, se se achar um substituto a entregar aos Fados. Uma vez que o velho pai de Admeto, por demais agarrado à vida, se recusa a morrer, apenas Alcestes, sua esposa, aceita o sacrifício. O coro proclama «aos olhos de toda a gente, Alcestes provou ser para o seu esposo a melhor das mulheres». Toda a cidade sabe bem que ela rendeu ao esposo a suprema homenagem da vida.
Quando sentiu que era chegado o grande dia, banhou seu belo corpo em água corrente e, tirando de uma arca rico vestuário e valiosas jóias, enfeitou-se com decência.
Colocando-se diante do sítio do fogo, fez a seguinte oração: "Senhora, uma vez que vou descer à terra, pela última vez te dirijo um pedido: zela pelos meus filhos orfãos.
Colocou flores nos altares da casa sem que a proximação da sua desgraça alterasse, pelo luto, a beleza natural.
Após a homenagem aos deuses regressou à camara nupcial para venerar o leito, lugar sagrado do amor conjugal: "Ó leito meu, lugar onde soltei o nó da minha cintura virginal entre as mãos daquele por quem morro, adeus". Beijou a cama e os beijos confundiram-se com as lágrimas.
Dirigiu-se depois ao marido. Poderia tê-lo deixado morrer sem intervir. "Recusei viver sem ti, com filhos orfãos, sacrifiquei os dons da juventude que fizeram minha alegria."
Admeto responde: Viva, foste minha única mulher; morta, só tu terás esse nome. Em sonho visitarás permanentemente os meus olhos fascinados, porque quem amamos, mesmo na noite olhamos com ternura."
Desta forma é sobre o leito de amor que Alcestes se recolhe antes de morrer, sem que as suas palavras traiam o recato da mulher perfeita.
(citado por Phillipe Ariès)
«Apolo intercede junto das Parcas para conseguir que o rei Admeto escape à morte a que se acha condenado. A proposta é aceite, se se achar um substituto a entregar aos Fados. Uma vez que o velho pai de Admeto, por demais agarrado à vida, se recusa a morrer, apenas Alcestes, sua esposa, aceita o sacrifício. O coro proclama «aos olhos de toda a gente, Alcestes provou ser para o seu esposo a melhor das mulheres». Toda a cidade sabe bem que ela rendeu ao esposo a suprema homenagem da vida.
Quando sentiu que era chegado o grande dia, banhou seu belo corpo em água corrente e, tirando de uma arca rico vestuário e valiosas jóias, enfeitou-se com decência.
Colocando-se diante do sítio do fogo, fez a seguinte oração: "Senhora, uma vez que vou descer à terra, pela última vez te dirijo um pedido: zela pelos meus filhos orfãos.
Colocou flores nos altares da casa sem que a proximação da sua desgraça alterasse, pelo luto, a beleza natural.
Após a homenagem aos deuses regressou à camara nupcial para venerar o leito, lugar sagrado do amor conjugal: "Ó leito meu, lugar onde soltei o nó da minha cintura virginal entre as mãos daquele por quem morro, adeus". Beijou a cama e os beijos confundiram-se com as lágrimas.
Dirigiu-se depois ao marido. Poderia tê-lo deixado morrer sem intervir. "Recusei viver sem ti, com filhos orfãos, sacrifiquei os dons da juventude que fizeram minha alegria."
Admeto responde: Viva, foste minha única mulher; morta, só tu terás esse nome. Em sonho visitarás permanentemente os meus olhos fascinados, porque quem amamos, mesmo na noite olhamos com ternura."
Desta forma é sobre o leito de amor que Alcestes se recolhe antes de morrer, sem que as suas palavras traiam o recato da mulher perfeita.